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domingo, 5 de dezembro de 2010

Ao Mundo dos sonhos - Capítulo 9


Renato contra o Exército das Sombras

1
Inspirou fundo e preparou-se para correr o mais rápido possível, limpou sua cabeça de pensamentos inúteis e despediu-se da garota que o ajudara.

Juliano tinha um minuto para chegar a torre do castelo.

A garota exclamou: Vá!

[0:02]
Subiu as escadas que levavam ao porão da casa direto para a rua. As pessoas da cidade lentamente saíam de suas casas, algumas o fitavam e outras resumiam sua pífia existência naquela cidade amaldiçoada, pensando nos modos eclesiásticos, no uso construtivo da energia atômica ou simplesmente em quem matou o personagem principal de sua novela favorita.

[0:06]
Mantinha sua cabeça abaixada a fim de não haver a possibilidade de, nem de relance, ver a torre do relógio. Correndo feito um louco, sentia o vento cortar sua face e o suor começar a escorrer pelo seu rosto. De longe, estranhos brilhos amarelos se acendiam, sempre aos pares, e todos em direção a ele. Eram olhos

[0:11]
Ignorava a fricção em suas coxas. As casas azuis com detalhes brancos passavam rápido a sua esquerda. Dentro delas, as senhoras gritavam para ele "Juliano, terminamos seu poncho!" e apontavam as obras tricotadas. Ele se distraiu pensando no que diabos seria um poncho, mas voltou a concentrar-se em seu caminho.

[0:25]
Saíra da cidade. Era um homem muito rápido. Entrou em um caminho cercado por dois gigantescos muros de rocha. O metamorfismo tornara aquele corredor como curto um vale de quartzo em forma de U. Da cidade, ouviu um grito de uma garota. Ela conheceu seu pior pesadelo, quando passou por ela um homem de capa e capuz preto, montando num cavalo pardo avermelhado, a trotes muito rápidos. Era "Silêncio", o capitão do exército das sombras. Silêncio parou no meio da cidade, virou-se para trás e pôs seu alazão sobre as patas traseiras. O cavalo relinchou e Silêncio levantou o braço direito. Ostentava uma tatuagem no punho, que brilhou com a luz do sol, refletiu no chão e dividiu-se em raios de luz que alcançaram cada uma das casas azuis. As velhas que costuravam, levantaram-se, colocaram os ponchos e logo transformaram-se em bizonhos seres humanóides com cabeças de lobo. Alguns tinham chifres, outros bicos de ave mas todos mantinham uma expressão de ódio em seus olhos e causavam terror a quem os visse. Silêncio pôs-se a trotar em direção ao caminho que Juliano tomou, e os monstros o seguiram.

[0:27]
Juliano ouvia sons de trotes e berros. Sabia que estavam o seguindo e horrorizado apressou o passo. A partir de agora estava correndo não só para reencontrar Suzana. Estava correndo por sua vida.


continua

Ao mundo dos sonhos - interlúdio V

[Mago]
Sua presença aqui é mais importante do que imagina
é vital para toda a existência dessas terras
Vou esclarecer algumas coisas a você, Carolina
Mas não prometo de que vá entendê-las

Sydra é uma bruxa que não tem outra virtude que não a crueldade
Quanto mais ela envelhece, menos poderosa ela fica
Então ser eternamente jovem se tornou uma necessidade
Lançou uma maldição para que o tempo não ande em sua própria ilha

[Carolina]
Como você sabe tudo isso?
Diga sinceramente, quem é você e de onde veio

[Mago]
O termo mago, não é apenas meu nome
Fui, de fato, um poderoso feiticeiro

Dono dessas terras, os moradores conheceram paz enquanto reinei
Mas Sydra chegou e, se aproveitando de um garoto inocente chamado Desmont, trouxe um novo rei

[Carolina]
Desmont? Aquele garoto que era meu vizinho?

[Mago]
Sim, na sua terra ele possui uma "doença" chamada síndrome de down
Aqui, no mundo dos sonhos, ele possui um poder fenomenal
Mas a bruxa usou sua influência para convence-lo de que todas as pessoas são más
Corrompeu seu jovem coração, e agora tudo que ela manda ele faz

E há ainda seus amigos, que vieram lhe resgatar
mas uma descontinuidade no fluxo do feixe dispersou a todos
John "Flanela" Whye os ajudou na passagem do seu mundo pra cá
Mas não posso negar que ele não passa de um Vago tolo

[Carolina]
Que amigos?

[Mago]
Bem, há Alice, que espera em uma escola em Antares
Antonio, pai dela, dirige-se ao castelo onde mora o rei
Juliano corre contra o tempo com um exército em seus calcanhares
E Suzana está desesperada por não saber o que fazer

[Carolina]
E Renato???

[Mago]
Só a tartaruga poderá dizer o que aconteceu com ele

Convencida, Carolina e Mago encontraram a tartaruga que no mar tanto vagou
Souberam do feitiço do tempo que Renato foi subjugado e a carta que ele mandou
Quando a leu, a menina não soube mais o que fazer a não ser chorar



sábado, 20 de novembro de 2010

Eduardo e Mônica -Capítulo 2.

Na minha casa, ninguém ia à igreja aos domingos, não havia imagens, terços, bíblia, não se agradecia pelo alimento do dia, como as outras famílias da época.
- Desligue o rádio minha filha. Não tem outra notícia a não ser esse golpe.
- Jango não devia ter fugido como um covarde.
- Se exilou no Chile.
- Mãe, por que a senhora não tem fotos do papai?
- É melhor você dizer a verdade.
- Não. – ela chorando.
- O seu pai fugiu com outra mulher, quando soube que sua mãe pegou barriga, desgraçou a minha filha.
- Nunca mais tiveram notícias dele?
- Chega! – a minha mãe bate a mão na mesa – O seu pai está morto e enterrado.


Mônica – 1966 – Aos 12 anos


Mônica conheceu Sérgio aos 12 anos, eram do mesmo signo, leão. Planejavam ter dois filhos, envelhecerem juntos. Ele era mais velho que ela só um ano.
Se conheceram no colégio, trocaram telefones. Ele jurava amor eterno a ela e vice-versa, mas ele era paulista, o pai corretor de imóveis.
Ela sabia que um dia poderia o perder, este dia tinha chegado.
- Eu juro que nunca vou te esquecer.
Ela tira uma correntinha do bolso da calça.
- É uma medalhinha de Nossa Senhora Aparecida. – ela chorando – Toda vez que você olhar para ela, vai se lembrar de mim.
- Meu coração vai ficar. Eu juro que volto para lhe buscar. – se beijaram.
- Vamos, Sérgio. – o chamam.
Eles de mãos dadas, se soltam devagar, ela coloca a mão no rosto.


Eduardo – 1960 – Aos 8 anos


Ele está estudando, entra uma mulher.
- O seu pai ainda não chegou?
- Não.
Ela tira a blusa, deita na cama.
- Vem cá!
Ele sobe na cama, ela beija o pescoço dele, e o beija e coloca a mão por debaixo do short dele.

Otage -Capítulo 4 e 5.

Capítulo 4.

Ao amanhecer Pedro se levanta e sai do quarto e vê todos ao redor da mesa.
-Bom dia dorminhoco. -Manuela.
-Está um dia lindo la fora, podemos ir a praia. -Ingrid.
-Bruno ligou para a polícia? -Peguntou Pedro.
-Liguei e falei que a Carol tinha desaparecido.
Batem na porta.
Elís vai atender, era a polícia.
-Vocês conhecem Carolina Másquer?
-Sim, ela está passando férias com a gente.
-Lamento informar, mas foi encontrado o corpo dela, o carro dela caiu de um precipício.
-Ai meu Deus. -ela começa a chorar - Morta.
-Alguém precisa liberar o corpo, o exame sai num prazo de sete dias no máximo.
-Está bem.
Ela fecha a porta, Elís liga a televisão, passa o noticiário do carro que caiu de um precipício em Vista Alegre, e a morte da motorista.
-Quem vai comigo para liberar o corpo?
-Eu. -Caio.
-Vamos. -se retiram.
-Vamos ficar mais uns dias aqui. -Fala Ingrid -O que foi gente? Já está feito, não dá para voltar atrás.
Toca o celular de Manuela.
-Alô... Vocês já sabem, foi um acidente, não sei como ocorreu... estamos tão surpresos e arrassados quanto vocês... Peça para tia Fátima se acalmar, foi uma fatalidade... Vamos ter que ficar um pouco ainda aqui e depois voltamos... Tchau, também te amo mãe. -ela desliga.
-O plano é simples, vão todos pensar que foi um acidente. -Fala Bruno -Não tem como dá errado.
Batem de novo na porta, Pedro faz um movimento com o olhar para Heitor atender.
Heitor abre a porta, entra Marcos.
-Digam que não é verdade.
Pedro o abraça.
-Nós discutimos um dia antes, eu amo... amava tanto. -chorando.
Elís sentada num banco, chega Caio.
-Comprou o caixão?
-Sim.
-Eu só quero ver aonde vão colocar esse caixão. Em cima do carro com a morta dentro?
-Os pais dela vão arranjar um avião, eles são ricos.
Eles entram numa sala.
-Você pode abrir?
A moça abaixa o zíper.
-Ai meu Deus! -ela abraça Caio -Pode fechar. -ela se aproxima do corpo -Descansa em paz Carolzinha.

Capítulo 5.

O carro em quem esta dirigindo Pedro para.
-Aposto que não deve estar nem pronta, vai você lá, eu não estou afim de ouvir as desculpás dela. - Manuela diz.
Sai do carro Pedro, ela vê da janela ele tocar a campainha e sua tia atender, e eles entrarem, e depois ele sair com sua prima. A família toda a chamavam de boneca de porcelana, pelo seu jeitinho frágil e doce.
-Oi Manu.
-Oi.
-Você segue o carro viu carol e vamos pegar o resto da turma.
-Marcos também vai? -Pergunta Manuela ao ver Marcos.
-Claro que não iria deixar minha namorada sozinha.
-Não, Pedro, eu busco a Elís e a Ingrid e nos encontramos na ponte.
-Está bem.
-Espera, Heitor vai com vocês. -Manuela.
Heitor sai do carro.
-Pelo menos vou estar num carro cheio de gatas.
-Entra Pedro, se não só vamos chegar amanhã.
Depois o carro se dirigiu a casa de Caio e depois foram buscar Bruno.
-Só falta a Roberta.
-Ela vai também? Estou desistindo dessas férias.
O carro parou no escritório de Marketing, onde Roberta trabalha. Ela usa óculos e tem várias tatuagens no braço.
-Pensei que vocês não vinham mais.
-E iríamos esquecer de você. -Pedro.
-Oi Manu.
-Oi, vamos Pedro, não quero pegar a BR no escuro.
Quando o carro iria partir, se aproxima um cara alto, de barba, de cabelos castanhos longos.
-Fábio.
-Vocês iriam viajar sem mim?
-É porque a Ingrid acabou o namoro com você e pensamos...
-Pensaram errado, eu não perderia esssas férias de jeito nenhum.
Ele entra no carro e vão a ponte como o combinado. Seguiram a viagem os dois carros em direção a Vista Alegre.

D.R.

Em que beijos você se esconde
Para fugir de mim? Responde.
Quem vai te despir como eu te despir?
Em que olhos você vai olhar para não me achar?
Você pode pensar que vai me enganar
Dizendo que não me ama
Desejo que me ame por uma noite
Sei que divide com outro a nossa cama
Pergunto como ele te toca
Se você compara ou finge que não nota
Meus pedidos de desculpa se esgota
Todas as vezes que você diz não com a boca
Boca... Quero minha boca na sua boca
Não quero você em pedaços
Não quero fazer laços
Depois disso você não vai me olhar mais
Não é que eu seja incapaz
De reconhecer o meu erro
É a incapacidade de reconhecer limites
Para onde ir, é com você que vou estar
Pois nenhum olhar comporta a minha forma de amar
Desesperado, carente, servil, compulsivo
Sem você o dia é um amontoado de horas que não vivo
Grite, me xingue, mas fale comigo
Essa semana tive muitas mulheres digo
Que nenhuma era você para te deixar feliz
Venha, vamos parar de fazer planos
Vamos tentar mais uma vez, agora insanos
Não me olhe desse jeito, como se eu fosse nada
Feito uma página feia da sua vida que você rasga
Você ainda vai ver que eu sou a pessoa certa para você querida
Que vou ser o pai dos seus filhos
Que é com você que fico.

Otage -Capítulo 3.

Manuela entra num bar e senta-se e olha Elís cantando. Ao parar a música Elís desce e vai falar com Manuela.
-Boa noite.
-Boa.
-Como está o seu irmão?
-Como ele deveria estar? Era para todos estarem ali. -Manuela dá uma tragada no cigarro.
-E você gostaria de ver sua amiga grávida atrás das grades?
-E o Bruno como está?
-Ele tem uma clínica particular, mas não rende nada, eu não sei porque ele não desiste da carreira de dentista.
-Vai na exposição de quadros do Caio?
-Vou pensar.
-Soube da morte de Ingrid?
-Eu vi no jornal, suicídio.
-Já escutou a frase que nem todos são contentes com o que tem, mas tem que agradecer pelo o que possui?
-Já.
-Essa é a Ingrid.
Manuela sai do bar, entra num carro.
-Fez o que te pedir?
-Sim -Heitor.
-Aqui o que combinamos. -ela entrega o envelope.
Ele tira o dinheiro do envelope para ver se a quantia está certa.
-Agora me leva para o seu muquifu.
-Está bem.
-Há pessoas que falam demais, infelizmente tem que pagarem pelo que dizem.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

El Revoltoso

*Este texto foi escrito como um exercício de um curso de espanhol. Iria traduzi-lo, mas perde a graça...


En la mañana del sábado, Alejandro decidió que no comeria nada más.
No comeria lechuga, ni papa, ni pollo.
Ni yuca, sea cocido, o frito, o asado.
No comeria más ninguno sadwiche de jamón con queso en el desayuno, ni mismo con un vaso de leche.
No querías mas saber de naranja, patilla, piña, manzana, fresa o ninguno otro sabor de jugo.
Nada de pescado, maíz, chorizo, salsa de tomate o helado. Y le gustaba mucho de helado.
Alejandro habia decidido que no comeria nada más en el día de hoy, y mañana, y en el próximo, y después, y después.
Un mes sin comer. ¡Un año!
Pero cuándo llegó la hora del almuerzo, desistió de su idea.
Alejandro tendría mucho hambre...

domingo, 29 de agosto de 2010

Otage- capítulo 2.

Manuela entra num quarto.
-Vamos Pedro, sai daí.
Pedro abre a porta do banheiro.
-Estou fazendo a barba.
-E você tem barba? Você nem tem pêlo no peito.
-Olha! -ele começa a rir e passa creme de barbear no rosto dela.
-Ai seu filho da mãe.
Ela limpa o rosto com uma toalha. Ele sai do banheiro.
Toca o celular de Manuela, ela atende.
-Alô... Ingrid.
-"Eu liguei para dizer que não vou não".
-Por quê?
-"Briguei com o Fábio"
-Vocês voltam, por isso mesmo você tem que ir, vamos nos divertir e só são 15 dias. O que pode acontecer?... Você arranjar um namorado lá?
-"Não seria uma má idéia." - ela rir.
-Isso é um sim?
-"Sim, eu vou por causa de vocês, quem sabe quando vamos ter outra oportunidade dessa. Quando casarmos?"
-Tô fora dessa, só depois de 10 anos.
-"Não precisa me buscar, eu vou pra casa da Elís"
-Está bem. -ela desliga.
-Quem era?
-Ingrid... Ela disse que não estava a fim de ir, depois mudou de idéia.
-Você sabe que a Ingrid não é certa da cabeça, tem consulta todo fim de semana com um analista e toma remédio de tarja preta. -Ele se vestindo -Tirando que é super fútil... Acho que se colocar tudo o que não é dela natural não acabaríamos a lista hoje.
-Meu Deus Pedro.
-Vamos?
Eles descem.
-Aqui a chave. -um senhor entrega uma chave a Pedro. -Tome cuidado com ele.
-Sim papai.
-Vocês vão buscar ainda Carolina não é?
-Claro mãe. Como iríamos esquecer da nossa priminha querida. -Manuela fala isso olhando para Pedro.
-Oi. -Heitor.
-Ele vai?
-Claro, ele é o meu melhor amigo.
Heitor beija no rosto de Manuela, ela entra no carro emburrada.
-Juízo.
-Só uma coisa que eu não prometo é ter juízo nesses quinze dias. -Fala Pedro ao entrar no carro.

Otage- Prólogo e Capítulo 1.

Capítulo 1.

Tínhamos tudo para ter uma grande férias, dizíamos que iria ser inesquecível. Mas nos reconhecemos, nos descobrimos, ficamos sabendo o que somos e até onde somos capazes de ir.
"Não Marcos", "Ah... Ah!", "Não acredito", "Por quê?", "Joga pomba", "Você sempre continuará sendo um covarde", " O plano é simples, vão todos pensar que foi um acidente", Fomos longe demais", "Era para ter sido uma brincadeira".
Uns olhos azuis entre as grades, crime, homicídio da própria prima.
se aproxima o carcereiro.
-Tem visita.
-Quem?
-Manuela Carvalho.
Na cela
-Me formo no próximo mês, vou ser advogada e vou lhe tirar daqui.
-Ainda tenho mais três anos nesse inferno... estava recordando tudo, faz sete anos hoje.


Capítulo 1.

-14 de junho de 2000.

Um carro para.
-Vamos nos ferrar se descobrirem.
-Não vão descobrir porra!
O cara de olhos azuis se encosta no carro, se chama Pedro carvalho.
-O Caio já se acalmou.
A irmã dele, um pouco gordinha. Caio começa a chorar, ele é negro.
-Vamos fazer logo o que vinhemos fazer, ela tá morta, não podemos voltar atrás, joga pomba.
Fala Elís, uma garota baixa de cabelos castanhos cobrindo a nuca, acima dos ombros.
-Tem como desconfiarem?
Pergunta Heitor, um cara forte.
-Acho que não. -responde Pedro.
-Acha que não! Se descobrirem toda a verdade vamos nos fuder! -fala Caio fazendo um gesto obsceno no final.
-Não será, se contássemos toda a verdade, foi uma brincadeira, não imaginávamos que iria acontecer o que aconteceu.
Bruno sai do carro para falar isso.
-Eu só sei que tenho 20 anos, e não quero passar minha juventude na cadeia.
-Vocês poderiam pararem de falar. -Manuela pega o lixador de unha da mão de Ingrid.
Todos saem do carro.
-Deu a marcha? -Pergunta Pedro.
-Sim -Responde Bruno.
Os homens empurram o carro em direção a ribanceira.
O carro desce a ribanceira, explodindo no final.
-Vocês juram que vão levar ao túmulo esse episódio? Juram?! -Pedro.
-Claro que todos juram. -Bruno.
-Eu não acredito que vocês tiveram a coragem de fazerem isso. -Caio.
-Nós todos fizemos, não esqueça isso Caio. -Elís.
-Acabou, descansa em paz Carol. -Manuela.
-Vamos sair logo daqui, que eu não aguento mais esse frio. -Ingrid.
-Eu te esquento. -Heitor.
-Não enche.

Eduardo e Mônica -Capítulo 1.

Eu nasci no dia 26 de junho de 1958, filho de Marta Souza Preões, que era filha de Carmem. Minha mãe não tinha irmãos e junto com minha avó se mudou para Brasília, que tinha sido inaugurada, no dia 21 de abril de 1960, pelo governo de Juscelino Kubitschek. Lá junto com o meu padrinho, senhor Segismundo Fahar, este preferia ser chamado de Mundo. O que não deixa de ser verdade, já que ele conhecia o Brasil como a palma da mão. Do meu pai, cresci sem ele, este faleceu antes de eu nascer. Se chamava Fernando Queiroz. De como ele morreu não tenho muitos detalhes. Meu padrinho faleceu quando eu tinha sete anos num acidente de carro, não se casou, não teve filhos, gostava de ser solteiro. Isso eu aprenderia com ele, a viver assim, mas como não existe razão para o coração, conheceria Mônica, teria dois filhos lindos com ela, uma casinha simples, de dois andares, amarela e com um fusca.


Mônica – 1969 – Aos 15 anos


Mônica era a menina mais desejada de Anápolis, sabia dançar rock como ninguém, gostava dos Mutantes, e pertencia a alta classe anapolisense. Ela era loira, de olhos verdes, tinha um nariz arrebitado, magra, e a chamavam de Olívia Palito.
- Vamos entrar no carro broto?
- Um Chevet 55. – Ela vira o copo de wísky.
- Estou doido para ficar sozinho com você.
- Você me prometeu que estaria em casa antes das dez – ela acende um cigarro – Tenho que ir pra casa se não papai e mamãe vão ficar preocupados.
- Pare de ser sonsa garota! – joga o cigarro dela no chão.
- Você bebeu demais Marcos. Rô, vamos pra casa.
- Mônica eu não vou pra casa agora.
- Daqui a pouco a polícia baixa aqui.
- Vai só querida. – ela beija um rapaz na lambreta.
- Vamos relaxe, entre no clima. – ele a beija.
Saem juntos Roberta e Celso, deixando-os sós.
- Estou com frio!
- Mais um motivo para entrarmos no carro.
- Está bem.
Eles entram, se beijam, e ele suspende a saia de Mônica.
- Não Marcos!
- Você quer.
- Marcos, quero sair! – ele beija o pescoço dela – Pare Marcos! – ela o empurra, ela tenta abrir a porta – Abre o carro, Marcos.
- Não abro.
- Eu não estou gostando nada disso.
- Temos um ano de namoro broto.
- Eu não quero!
- Deixe de ser tonta, você sabia o que poderia acontecer, quando topou vir para cá – ele segurando o queixo dela.
- Você está me machucando.
Ele vai beijá-la.
- Não, eu vou gritar.
- Ninguém vai te escutar. – ela o morde – Sua cadela! – ele dá um murro nela.
- Socorro, pelo amor de Deus, me ajude!
Ela quebra o vidro.
- Não, pare!
- Quietinha.
Ela numa maca acaba de acordar.
- Já está feito o serviço, você não vai ter um filho daquele marginal.
- Estou enjoada!
- É normal – o médico diz.
- Quero ir embora daqui, desse lugar imundo.
- O marginal fugiu.
- Já dá para saber o sexo da criança?
- Não, vamos para Brasília.
- O que vou fazer naquele inferno?
- Pensava nisso antes.


Eduardo – 1970 – Aos 18 anos


Num prédio junto com outros rapazes, fumando e bebendo, comemorando o tricampeonato brasileiro. Chega uma moça e o beija.
- Alice. Quer? – ele enrola uns cigarrinhos.
- Não, obrigada!
- Vamos sair daqui. Eu pensei melhor. – ele cheirou o pó.
- Sabia meu bem! – ela o beija – Eu tinha certeza que você iria querer essa criança, só ficou preocupado por estar desempregado, e você não querendo que o seu pai soubesse, eu tenho certeza que ele vai adorar ser avô.
- Vem comigo.
Eles entraram no quarto, se beijaram, e transaram.
- Aqui o wísky para comemorarmos.
Ela bebe.
- Já contou a seus pais?
- Não, estou com medo.
- Não tenha, eu estarei sempre ao seu lado – ela o abraça – Ah! Estou me sentindo mal, chame um médico, Eduardo.
- Quem disse que vou chamar meu amor?
Ela caiu na cama com a mão no pescoço.
- O que você fez? – ela chorando, ela caiu da cama.
Ele se aproxima dela, certifica-se se ela está morta e fecha os olhos dela. Tira do bolso da calça umas cápsulas, e começa a chorar, encosta-se na parede e se agacha.
- Eu não queria fazer isso... Eu juro que não queria.

Em uma das minhas noites em surto escrevi.

Gostaria de voltar a ser menino
A pensar e agir como menino
Mas minha mãe diz que homem não chora
Gostaria de errar menos a cada hora
Sei que não sou perfeito
Talvez você não entenda o meu jeito
Cansei de ouvir o que acham o que é certo para mim
Queria que certos momentos não tivessem fim
Não quero mais esperar na janela o beijo que não recebi
Envelheci você pensa que não percebi
Deveria conversar mais com Deus
Queria ter o poder de fazer previsões
Para enxergar um mundo sem guerra, fome , doenças e aflições
Cansei da minha falsa modéstia
Quero tirar do meu dicionário a palavra angústia
As vezes me sinto tão carente
Sinto falta de ser elogiado pela família
Desejo o colo da minha mãe
Descobri que minto as vezes
No futuro você quer plantar que semente?
O que me perturba durante o dia?
Vou fazer uma revolução, não de armas, mas de amor
As palavras deveriam sair como flor
Cansei dos seios perfeitos e da bunda empinadinha
Descobrir que não acredito mais na política
Não gosto de ouvir critica
Me pergunto o que está acontecendo com as nossas crianças
Por que elas morrem e sofrem?
As vezes gostaria de ver Cristo para saber se isso é justo
Não quero a glória a qualquer custo
Deveria crer que existe novas esperanças
Queria ser dono de uma ideia genial
Sei que não sou um bom poeta
Queria caminhar com Gandhi pelas águas do Ganges
Queria pilotar uma motocicleta e sair pelo mundo
Queria fazer rir como o saudoso Bussunda
Queria estar alerta para ouvir outra vez os Mamonas tocar
Gostaria de continuar viajando com as músicas do Renato
Eu não nasci para ser beato
Choro, mas cadê lágrimas, fico sem ar
Acho que não sei o que sou de verdade no fundo
Queria gozar entre as pernas da Madonna
Beijar a Angelina Jolie
Comer o Gianecchine
Ter por uma noite em minha cama a Luana Piovani e a Fernanda Lima
Queria sentir outra vez o corpo quente da pessoa que amo
Queria me libertar das dúvidas, ir pra zona
Esquecendo o que é certo ou errado talvez haja rima
Não desejo sofrer, quero ser livre caminhando sem rumo
E por fim, não menos romântico
Gostaria de morrer de amor.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ao mundo dos Sonhos - interlúdio V

O Fim?

Juliano alcançou a tempo os portões do castelo da torre do relógio
o Exército das Trevas tentou mas jamais superaria a determinação de um homem apaixonado
Os grandes portões de ferro se abriram e ele viu, ao lado de um grande leão branco, um homem
Não se conheciam, mas sabiam que estavam lá pelo mesmo motivo, e sem trocar sequer uma palavra
subiram os degraus da torre.

Carolina conheceu uma senhora que sabia onde Sydra morava e poderia levá-la até lá
Seguiram até o local do senhor dos mares que as conduziu à ilha da bruxa
Chegando lá, perceberam que não havia nada além de uma casa vazia e postes de luz
Em cada poste uma foto e os escritos "Procurado/a"; Carolina conhecia todas as pessoas das fotos
Eram seus amigos

Renato pela última vez em sua vida acordou na ilha da bruxa, comeu a mesma coisa em anos
E então foi avisado por ela que deveriam partir para a torre do relógio
Sydra parecia aflita nos últimos meses e muitas vezes ele a pegava resmungando sobre 'dez de alguma coisa'
Ela foi até a beira da praia, fez um gesto sombrio e um grande cobra-d'água apareceu, eles embarcaram

Alice esperou por seu pai, até que a escola foi invadida por estranhos homens de capas brancas
Queriam pega-la. Seus amigos tentaram protege-la mas todos sucumbiram.
Foi sequestrada e levada durante um longo tempo por caminhos que nunca viu
Sempre se perguntando se veria seu pai de novo

Suzana descobriu que de todas as pessoas, ela era a única que não sofria influência do Exército das sombras
Por isso as pessoas da cidade a olhavam atônitas e, mais do que isso, ela era uma heroína para eles
Então imploraram para que ela fosse até a torre do relógio, mas o que a convenceu foi que Juliano poderia estar lá


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dois sujos numa noite suja

Me lembrei que eu não perguntei o seu nome
Nem pedi seu telefone
Muito menos o endereço
Pra quê?
Sempre fui uma pessoa sem compromisso
Naquela noite te conheci com apreço
Quem dera! Seria um infâmia se escrevesse isso
Mas escrevo, temos que imortalizar a nossa melhor transa
É isso mesmo, você onde estiver saiba que me deixou na fossa
Com saudade daquela transa
Se é moça não leia o resto, pra não ficar ruborizada
Não estou aqui para ditar minhas qualidades, pois não escreverei sobre isso
A comi com ferocidade, tinha cara de moça e corpo de puta
Eu era o imperador desbravando o sexo dela
Se sentinddo todo dono entre as pernas dela
Com toda minha virilidade e com muita força
Ela gritava e gemia querendo o meu néctar
Nos beijavamos até ficar sem ar
As horas passavam e você não cansa
Digo entre os dentes que me fez suar
Eu achando que era o caçador, na verdade era a presa
Se as paredes falassem
Ela era uma mulher para deixar o melhor amigo do homem duro por muitas horas
Fazia cada coisa com ele
Ora na boca ora na mão e a surpresa
Foram incontáveis as posições, ela tinha imaginação
Não sou religioso, mas me fez dizer Amém
Ela me provocava e eu só tendo a fascinação
O meu rosto entre os seus seios
Me fez lembrar das outras
Olha que não foram poucas
A priminha, a colega da escola, o casal de sapatão
Para conquistar o produto não importa os meios
Você me fez lembrar da fugacidade da juventude
Me fez feliz na plenitude
Ao acordar lhe ver de bruços na cama
Noto que tem uma tatuagem nas costas
Nas horas acaloradas você não nota muitas coisas loucas
Fui tomar um banho e ao voltar você sumiu
Se eu não lhe ver mais, espero com esses versos faça você se lembrar de nós dois na cama
Em uma certa noite fomos eternos amantes.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Eu não consigo chorar com filmes

Eu não consigo chorar assistindo um filme. Nunca chorei, e estou convencido de que nunca acontecerá. Alguns podem estar pensando que seja apenas papo furado, que eu esteja dando uma de machão insensível que não admite se emocionar com filmes. Mas eu quero! Quero mesmo. E tento. Porém acredito justamente ser um insensível, e que por isso não consigo chorar.
Eu procuro assistir histórias tristes na esperança de que isto ocorra. A última, e que conseguiu chegar mais perto, inspirou este post: “Sempre ao seu lado”, estrelado e produzido por Richard Gere. Conta a história real (esta ocorrida no Japão, na década de 30) sobre a lealdade e o carinho de um cachorro com seu dono.
O filme não traz nada de novo. Aliás, a única coisa que despertou meu interesse foi justamente o fato de ser baseado em fatos reais. O animal acompanha seu dono todos os dias no caminho ao trabalho até a estação de trem, onde, sempre na hora exata, o aguarda para o retorno a casa. Porém um dia seu dono morre, e mesmo assim o cachorro continua indo todos os dias esperar por sua chegada na estação. Os anos passam, e o cachorro permanece ali, definhando, envelhecendo, porém mantendo a esperança de um dia reencontrar seu companheiro...

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terça-feira, 16 de março de 2010

Perfil de Ricardo

Dizem que, quando eu era pequeno, com poucos anos de idade, pegava alguns livros, sentava no chão, e ficava folheando as páginas, passando os dedos sobre as linhas, sem nem saber o que eram todos aqueles rabiscos no papel. Dizem também que caí de meu berço e bati a cabeça. Seja qual for o motivo, hoje sou escritor. Pelo menos, me convenci disso. E aviso que tem gente que concorda comigo. Nasci em 05 de Dezembro de 1988 (façam as contas e descubram quantos anos tenho agora, neste momento do continuum espaço-tempo em que você lê este texto). Nasci e sempre morei em Campinas - SP, e não sei andar direito pela cidade. Troco os nomes das ruas. Mas tenho a capacidade de memorizar coisas inúteis, como os nomes dos primeiros 150 pokémos ou letras de músicas ruins. Sou formado em Produção Audiovisual e um dia
serei o roteirista das maiores bilheterias do cinema nacional.
Pelo menos, me convenci disso. Leio de tudo um pouco,
assisto de tudo um pouco, escrevo de tudo um pouco.
Eclético ou falta de estilo próprio, faça sua escolha. Mas
para mim o importante é o que importa. Faça sua escolha a respeito disso também.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A mulher do desembargador -Capítulo 4.

Acordei muito nervoso, iria começar esta manhã as minhas aulas com a mulher do desembargador. Tomei o meu café correndo e fui para lá, as minhas mãos estavam geladas, duas pessoas que se encontraram comigo falaram que eu estava pálido, parecia que tinha perdido todo o meu sangue.
As minhas pernas pararam, tive que puxá-las até a casa dela, as minhas mãos começaram a suar. Eu estava levando também um caderno, caneta, borracha, lápis e alguns livros.
A chamei do portão, ela saiu com um vestido marrom que ia até os joelhos com costa nua.
-Eu vim para as aulas.
-Ah!... Já tinha esquecido, entre.
Entramos.
-Coloque as coisas em cima da mesa.
Comecei a olhar um quadro de uma menina morta e uns indivíduos encapuzados em volta dela, todos iguais, mas não eram humanos.
-Você se importa que estudemos no chão?
-Claro que não.
Sentamos, ela colocou as suas pernas para se apoiar em cima delas.
-Substantivo, parte da gramática a que pertence todas as palavras que designam os seres em geral, as entidades reais ou imaginárias. Como se classificam os substantivos?
-Concretos, abstratos, comuns,... Próprios, coletivo.
-Pegue o seu caderno.
Eu peguei o meu caderno.
-Vou ditar algumas palavras e eu quero que você classifique o substantivo usado.
-Esta bem.
-Sol, fome,... Ódio, caneta,... Pacífico, arquipélago,... Baixela, cáfila, Córdoba,... Vingança, Deus,... Pronto, faça.
Eu não prestava atenção na aula, me desconcentrava para olhar os seios dela, a coxa...
Depois da aula, cheguei em casa e encontrei a minha mãe no banheiro, com os olhos roxos.
-Mãe. - eu a toquei.
-Ai, está doendo. -Ela chorando.
-Ele é um covarde.
-É o seu pai.
-Se eu pudesse eu a tirava dessa vida.
-Eu não quero que Maria Bárbara me veja assim.
-Onde ele está?
-Deve está bebendo.
-Largue ele mãe.
-Mulheres desquitadas são vistas com maus olhos filho, é a minha sina, eu tenho que levar isso até o túmulo.
Mais tarde Dona Justina fez uma visita a minha mãe.
-Virgem Santíssima, o que acontece com você?
-Cair da escada.
-Me perdoe pela pergunta. O seu marido bate em você?
-O quê?
-É o que eu estou ouvindo na rua.
-Quero que todos saibam que estou muito feliz com o meu marido. Não quero meu nome na boca do mundo.
Sair de casa e encontrei Cláudio e Felipe.
-Estou perdido. -fala Cláudio.
-Por quê? -perguntei.
-Vou perder de ano.
-Mas segunda-feira é a prova de admissão.
-Não posso perder de ano.
-A professora Custódia é uma solteirona, já velha, mal humorada, diria que isso é fogo por debaixo da saia. -falou Felipe catedraticamente.
-Você acha?
-Ela precisa de um homem.
Veio cinco meninos do orfanato República do Lar.
-Vinhemos para ordenar que vocês se afastem das meninas do orfanato.
-Por que teríamos que obedecer a tal ordem? -Felipe
-Vocês estão com maledicência com elas.
-O que não é muito diferente do que vocês também querem com elas.
-Elas são nossas!
-Não tenho culpa se vocês não sabem conquistar as mulheres que tem.
-Vádios.
-É desses vádios que elas gostam!
No dia seguinte, na igreja aparecemos cheios de hematomas, pelo menos a briga valeu a pena, ganhamos.
-Eulália que bom voltando a freqüentar a igreja. -Dona Justina.
-Temos que nos conformar.
-Bom dia senhoras.
-Bom dia Padre Eurico.
-Padre desejo me confessar.
Era uma jovem de cabelos curto encaracolado.
-Vamos.
-Quem é? -Perguntou Dona Justina a Eulália.
-Amância, coitada tem 29 anos e ainda é solteira.
-Coitada nada, essa daí para não ter casado ainda deve ter aprontado de tudo, só coloco as minhas mãos no fogo pelo Santo do meu falecido marido. A mulher tem que ser do lar! Trabalhar, cuidar do marido, ser honesta, e aceitar as puladas de cerca do nosso cônjuge. Cabeças vazias são quem seguem essas feministas, que colocam idéias contrárias aos ensinamentos de nossas mães e avós, homem é homem, mulher é mulher. Lugar de mulher é na cozinha rodeada dos filhos. Prazer nunca desejei sentir com o meu marido. Nós sim somos obrigadas a dar prazer aos homens, porque aparece uma sirigaita e rouba eles da gente, nós mulheres viga da religiosidade e do bom senso.
No dia da prova.
-Eu passei.
-Você?...
-Sim e na sala dos professores, na mesa, ela aparenta ser velha, mas tem um belo corpo.
-Não estou acreditando.
Entramos na sala, havia sete fileiras verticais, cada uma com oito cadeiras. No meio da avaliação Felipe me pediu cola e a professora nos pegou. Eu disse a verdade perante o diretor que Felipe tinha me pedido cola.
Eu tive a oportunidade fazer outra prova, Já Felipe perdeu e Cláudio passou e ainda abriu as pernas de Dona Custódia, que reparando bem, que coxas!
Na saída encontrei com Felipe.
Você provou que não é meu amigo
-Eu só falei a verdade
-Eu lhe arrebento.
-Acalme-se Felipe. -Cláudio. -Se lembre da amizade da gente.
-Se depender de mim ele não é mais nada meu
-Que pena que tenha que acabar assim
-Felipe pense, você estava errado. -Fala Cláudio
-E você acha certo o seu procedimento. Ainda você há de me pagar Pedro não esqueça.

O mestre -Capítulo 5.

Ana e Pedro foram a uma festa de aniversário de uma filha de uma amiga de Ana.
-Ana.
-Patrícia. -se beijam no rosto.
-Que bom que você veio.
-Rebeca.
Se aproxima a menina.
-Aqui o seu presente. -Ana entrega a menina.
-Obrigada.
-Com licença vou receber uns convidados que acabaram de chegar, fiquem à vontade.
-Toda. - se retira Patrícia e Rebeca.
-Bonita festa.
-Nunca tive festa de 15 anos. -ela com lágrima nos olhos.
-Sabe a viagem a Trancoso, eu pensei em Paris.
-Paris. -ela sorrir.
-Isso.
-Você conseguiu outro emprego?
-Não.
-Então com que dinheiro vamos para Paris e como você pagou aquele jantar?
-É melhor você ir para o banheiro, você borrou a maquiagem.
Foram ao banheiro, ela lava o rosto e refaz a maquiagem e olha uma saboneteira.
-Bonita saboneteira não é Pedro?
-É.
-Penso quando vou ter uma dessa.
-Em breve amor.
Eles voltam para a festa.
-Patrícia bonita saboneteira que você tem no banheiro.
-Eu comprei em uma cidadizinha mineira.Se você quiser eu lhe dou de presente.
-Não, é seu, ficaria mal com isso, fica melhor no seu banheiro.
Eles voltam para casa.
-Vou tomar um banho amor.-ela o beija, sobe a escada e joga a bolsa no sofá, mas esta cai no chão.
Ele pega a bolsa e ver que algo caiu no chão, e ele ver que era a saboneteira que eles viram na casa de Patrícia.Ele guarda na bolsa dela, e coloca a bolsa em cima do sofá.Não poderia ser.Ele sobe as escadas e vai no quarto deles, revira as coisas e ver que há no armário um fundo falso, ele abre e ver vários objetos sem importância, inúteis, bugigangas, como a saboneteira.Ele guardou tudo, era melhor esquecer esse episódio.
Eles tomam café, Ana se retira para dormir.Pedro assiste televisão e lê o jornal.
Ana desce as escadas, joga uma caixa no chão cheia de dinheiro.
-O que significa isso?
-Eu posso explicar. -Pedro levanta-se.
-De onde veio esse dinheiro? Aí tem muito mais que 10 mil.
-O meu chefe me demitiu, entrei no site do banco dele...
-E decidiu roubar? -ela chorando. -Você vai devolver isso!
-Não posso, vou ser preso.
-Por que você fez isso?
-Eu queria me vingar dele. Ele não vai sentir falta de 100 mil, já eu, 100 mil muda a minha vida.
-Não era preciso roubá-lo para você se vingar dele.
-Ana, me perdoe.
-Fica difícil, eu descobrir que me casei com um ladrão. -ela sobe as escadas.
Pedro guarda a caixa, vai para o quarto, tira a roupa e coloca a roupa de dormir.
Ele deita.
Ela vira-se sem falar com ele.
Amanhece, ele acorda e deixa a cama com ela dormindo, tira a roupa e liga o chuveiro, lava o rosto. Se perguntava o que tinha lhe dado naquele dia para ter a coragem de roubar o senhor Dergrinolle. Já estava feito, e não se arrependia, o ex-chefe merecia.
-Pedro. -aparece Ana na porta do banheiro. -Eu pensei melhor, o seu chefe lhe tratava mal, como um cachorro, te pagava bem menos que você merecia..., acho que foi justo você retirou dele o que ele tinha que te dá há muito tempo.
-Que bom amor.
-Você conseguiria fazer isso com o Banco do Brasil?
-Você fala sério?
-Tem nosso dinheiro lá também, que pagamos com impostos.
-Mas não vai ser tão fácil quando roubei o meu ex-chefe.
-Bolamos um plano.
-Mas quanto pegaríamos?
-15 milhões seria o suficiente para um futuro maravilhoso.
-Tentarei bolar o plano.
-Eu te perdôo meu amor. -o beija.

Apenas versos.

Eu sonhei ontem com um mundo
No qual eu queria estar.
Um mundo onde podia assistir comédia
Sem lembrar os meus dramas
Um mundo onde as pessoas não procuravam fazer média
Um mundo onde homens não batessem em damas
Um mundo onde meninas não ficassem na rua
Em busca de poucos trocados, ao invés de suas quentes camas
Um mundo onde pudesse beijar meu namorado
Sem me importar o que certas pessoas vão pensar
Um mundo onde uma palavra de afeto
Fosse mais importante do que armas
Um mundo sem desorientado governo
Um mundo cheio de olhares de crianças
Um mundo onde não houvesse ninguém sendo maltratado
Um mundo onde homens tivessem esperanças
Um mundo que não fosse chamado apenas de moderno
Um mundo onde eu pudesse crer que Deus me ama
Um mundo onde voltasse a receber o amor dos meus filhos
Um mundo onde eu pudesse ser perdoado dos meus erros já cometidos
Um mundo que não tivesse formas de pensar tão antigos
Um mundo onde eu não notasse que cresci para ficar com meus amigos
Um mundo onde amigos não procurassem alívio através de um pico
Um mundo que não dissesse que não era rico
Um mundo onde todos fossem considerados iguais independente da cor
Um mundo onde pudesse encontrar Deus
Através dos meus orixás, santos, espíritos e anjos
Quem te disse que a minha forma de chegar a Deus é errada?
Na verdade todos buscam explicar o inexplicável
Um mundo onde não se enxergue mais dor
Um mundo em que eu não me surpreendesse com a maldade humana
Um mundo que não se comemorasse o lamentável
Um mundo onde não se perdessem vidas por nada
Ao fim do meu sonho uma voz me perguntou:
-Quando esse mundo vai ficar parecido com o mundo dos seus sonhos?
Aí eu respondi:
-Quando todos se derem conta do que vale verdadeiramente, que é amar.

Todas as coisas.

Preciso dizer que te amo
Mas me faltam palavras
Então decidir os versos para demonstrar que te amo
Eu estava sozinho, sem ninguém
Você veio sem receios para demonstrar suas qualidades e defeitos
Como posso gostar tanto de alguém
Que malmente conheço, mas parece que é feito da mesma carne
Mesmo olhar, mesmo ar... Explica
Não ria dos meus versos mal feitos
Pois não resisto ao seu sorriso, me desarmo
Com você não olho para trás
Sem você não estou em paz
Com você nada se complica
Você é a solução de tudo que sempre busquei
Quando brigo com você eu sinto uma dor tão grande no peito
Que só você cura
A cura do meu tédio, das minhas desilusões
Com você consigo seguir mais a frente
Mesmo que nosso amor seja denominado diferente
Mesmo depois de todas as prisões
Mesmo que tentem fazer eu esquecer do seu jeito
Eu quero esquecer tudo e dormir sobre o teu peito
Fica comigo, jura
Não ouvir a todos, fiquei
E mesmo que seja complicado, você é o que simplifica
Todas as coisas me levam a você
Se isso não é amor eu não sei o que pode ser.

Big Brother or Big Me

George Orwell escreveu um romance intitulado 1984 no qual um ditador, intitulado de "Big Brother" ( O Grande Irmão ), fazia todos se curvarem à sua vontade. O lema de seu regime era "Big Brother is Watching You", ou seja, o Big Brother está de olho em você.

Como que numa inversão de 180º, a Endemol criou o jogo televisivo "Big Brother", onde a população assiste um grupo de confinados "jogando" entre sí, com o objetivo de ganhar o prêmio máximo do programa.

Big Brother, literalmente falando, significa Grande Irmão. Para quem gosta do programa televisivo, após algumas semanas de "espiadas", os confinados passam como que a fazer parte da família do telespectador, tamanha a intimidade que se cria no sentido telespectador -> confinado.

As pessoas votam, torcem, vibram, assistem, participam da vida de outras que, até então, nem sequer tinham idéia que existissem; os nossos Big Brothers e Big Sisters.

Mas, porque quem é BIG é o meu "Brother" e não eu ?

Eu deveria estar assistindo a mim mesmo diante de um espelho. Eu deveria estar olhando para o meu interior, para as minhas atitudes, para os meus pensamentos, para os meus relacionamentos.

Quem é Big sou Eu.

Tenho que parar de me "emparedar" e de me "eliminar".

Devo exaltar a mim mesmo; perceber as minhas qualidades; gostar de mim; ‘torcer’ para o meu sucesso; vibrar com as minhas vitórias; ser meu próprio líder.

Eu sou Big. Eu sou o meu melhor Brother ( ou Sister ).

Nesse emaranhado de emoções que vivo no dia-a-dia, preciso lembrar-me que sou o grande vitorioso. O Grande Prêmio é meu !

O Grande Prêmio é o autoconhecimento; a auto-percepção; o auto-aprimoramento.

Talvez o programa "Big Brother" permita um exercício de reflexão às pessoas que o assistam, mas nada tão profundo como "conhecer a si mesmo", como no ensinou Sócrates.

Conhece-te a tí mesmo; não com olhar crítico, desaprovador, destruidor ou eliminatório, mas com muito Amor.

Que Big Brother, nada. Quem vai ganhar essa prova sou eu, o Big Me !!!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A mulher do desembargador. -Capítulo 3.

-Filho leve este bolo, para dá recepção a nossa nova vizinha.
-Quem?
-Ora essa! A mulher do desembargador.
-Mande Maria Bárbara.
-Vai.
-É bolo de quê?
-De chocolate.
A minha mãe enrolou o bolo num lenço e me deu, me dirigir a casa. As minhas pernas bambeavam, não conseguia parar de tremer, uma emoção me tomava.
Cheguei até o portão e gritei:
-Ó de casa! Ó de casa! Ó de casa!
-Quem é você?
Era ela, cada dia mais linda.
-Eu sou o seu vizinho.
-E também ladrão de manga.
-Desculpa.
-Desculpo se não fizer mais.
-Minha mãe mandou isso.
Ela desenrolou.
-Bolo de chocolate, obrigada, ela não precisava se incomodar. Diz a ela que a convido para jantar essa noite aqui em casa, e será uma desfeita se ela não aceitar!
-Com licença.
-Espero vocês a noite.
Fui para a minha casa, não acreditava, falei com ela, estive perto dela. Peguei o binóculo e fiz o que se tornava uma obsessão, vigiá-la.
Ela estava tomando banho na banheira, tive vontade de ser o sabão que a ensaboava. Ela levantou a perna, tinha uma perna linda e grande, ela molhava o seu pescoço e lava o rosto. Ela levantou e colocou a toalha.
Depois tentei a procurar, mas em nenhum cômodo a via. Ela abriu a cortina do quarto e me escondi, torcendo para que ela não tenha me visto, voltei, ela já estava vestida com um vestido preto, no quarto deles havia um quadro cubista de um pintor que agora não me vem o nome.
Ela desceu a escada e abriu a porta, era um padeiro, com uma cesta de pão que logo veio ao chão. ela começou a desabotoar o vestido, logo já estava sem roupa, o vestido caiu ela foi em direção a ele, ele era jovem, desabotôo a camisa branca dele.
Ela se abaixou e tirou a calça dele, abaixou a ceroula dele e começou a fazer sexo oral com ele. Eu decidir ver tudo, comecei a chorar.
Ela ficou de costas para ele, ela de quatro no piano e ele atrás e eu fechei a janela para não ver mais.
Depois fui jogar bola, mas recebi a notícia que Renato estava muito doente, queimando em febre em casa.
Depois fui a barbearia e lá estava o guarda Ventura, tive vontade de esganá-lo.
-Vim cortar o cabelo.
-Deixa que eu corto tio.
-Mas foi você que quase arrancava a minha pele!
-Foi apenas um acidente guarda Ventura. -Falou o meu tio.
-Só apare rapazinho.
-Pedro cuide da barbearia, tenho que colocar essa carta no correio.
-Sim tio.
Ele saiu, e o guarda Ventura terminou dormindo raspei a cabeça dele.
Ele acordou e quando se viu careca no espelho tomou um susto.
-O que você fez com o meu cabelo?!
-Desculpa guarda Ventura.
-Eu vou fechar essa barbearia.
-Eu só fiz o que tu pediu.
-Mas eu pedir para aparar o meu cabelo.
-Ah! Lamento, eu entendi raspar.
-Não posso sair assim careca.
-Saiba que é moda lá para os lados da Europa.
Ele colocou o seu chapéu e saiu enfurecido.
-O que deu no guarda Ventura?
-Quem sabe tio?... Quem sabe?
Anoiteceu, eu, minha mãe, minha irmã e Dona Justina fomos jantar na casa do desembargador. Ela estava com uma blusa com babado e com laços atrás e com um decote generoso e uma saia preta, os cabelos dela estavam presos com uma presilha de prata.
O jantar foi um lombo de porco, arroz carreteiro, feijão preto, farofa de ovo e salada de pepino e de sobremesa pudim de ovos mexidos.
-Obrigada pelo convite.
-Obrigado pelo bolo Dona...
-Augusta.
-Dona Augusta.
-É também uma boa oportunidade para minha esposa fazer amizades, já que fica muito sozinha, por causa das muitas viagens que faço como desembargador.
-A sua filha Dona Augusta é um primor de menina.
-O lombo está tão apetitoso.
-Se sirva a vontade Dona Justina. Fala o desembargador.
-Quero mais arroz mãe.
-Filha chega.
-Pode pegar mais minha querida, comer faz bem.
Talvez por este pensamento ele esteja em formato de barril.
-Como vocês se conheceram? -Pergunta Dona Justina.
-Ela era professora primária de uma escolinha, quando a vi me apaixonei logo.
-Então você era professora!
-Abandonei minha profissão quando vim para cá casada com Alberto.
-Meu filho está tomando tantas notas baixas em português.
-Eu posso dá banca para ele.
-Você faria isso?
-Claro, eu amo ensinar, posso começar amanhã mesmo se ele quiser.
-Para você está bom filho?
Fiquei besta, paralisado, eu acho que devo ser o homem mais sortudo do mundo.
-Para você está bom filho?
-Sim.
-Vou pegar a sobremesa.
Ela levantou, se abaixou e comecei a vê-la nua, voltou para a mesa.
-Não sei se está bom.
-Você tem sorte seu desembargador, a sua esposa tem mãos para cozinha, como o santo do meu falecido marido falava de mim. E ainda é muito bonita. É muita sorte encontrar mulheres assim como o mundo está hoje, cheio de mulheres adulteras. Só Deus pode ser misericordioso com nós.
-Obrigado Dona Justina, eu sei o tesouro que tenho em casa.
Ela entregou o meu prato ainda nua, eu olhava para os seios dela.
-Obrigado.
-Está delicioso, você tem que me entregar essa receita.
-Minha falecida mãe que me ensinou Dona Augusta.
-Já está tarde, vou me retirando, mulher direita deita cedo.
-Toma um cafezinho antes Dona Justina. -Fala Alberto.
-Ah não! Estava muito prazeroso o jantar. Muitas boas noites para vocês que ficam. -Ela se retirou.
-Que pena que Dona Justina já tenha ido. -Fala Marisa sentada ainda nua a mesa.
-Tenho que ir para casa, o meu marido já deve estar a minha espera e não tem nada para o jantar.
-Faço questão que você leve um pouquinho.
-Desculpa pelo incomodo.
-Não tem nada, foi um prazer. -Fala o desembargador.
-Aqui. -ela vindo com a sacola nua.
-Boa noite.
-Boa noite.
Nós fomos para casa, amanheceu e descobrir que Renato faleceu.
-Vim trazer meus pêsames. -fala minha mãe.
-Obrigada. -chorando Dona Eulália, mãe de Renato.
-O que ele tinha? -Perguntou Dona Justina.
-Tinha aparecido umas manchas na pele dele...
-Virgem cruz!
-O que foi Dona Justina? -perguntou Padre Eurico.
-Dizem que a moça que mora no fim da avenida...
-A que dizem que é prostituta Dona Justina? -Pergunta minha mãe.
-Sim, diz que está passando estas manchas para os homens. Três já estão com a doença, todos os três pularam a cerca com a depravada. Por isso que só coloco as minhas mãos no fogo pelo santo do meu falecido marido
-Mas é um menino tão bom, e coroinha da igreja como o filho de Dona Augusta. -fala o padre Eurico.
Fui falar com Felipe.
-Podíamos estar no lugar dele, você que fez bem Pedro.
-Tenho certeza que ele está no céu agora.
-Tão bonita, com uma doença maldita. -Fala Cláudio
Passou três semanas depois da morte de Renato, sair para trabalhar na barbearia, quando Dona Marisa me chamou.
-Bom dia Dona Marisa.
-Você faz um favor para mim?
-Sim.
-Traga dois quilos de filé de picanha para mim, por favor, estou muito ocupada.
-Sim.
-Tome. -eu peguei o dinheiro -Pode ficar com o troco.
Fui comprei os filés e os entreguei, mas desta vez os meus olhos não a despiram.

O mestre. -Capítulo 4.

Raul quando soube que foi roubado se dirigiu ao banco revoltado.
-Incompetentes isso é o que vocês são! Roubam 100 mil reais de mim e vocês dizem que não podem fazer nada, só estou rodeado de ignorantes.
-Acalme-se doutor Raul.
-Que calma Sérgio, me roubaram.
-Mas antes de fazer o saque de quantias grandes, deve-se informar o RG, CPF, a data de nascimento e a senha. E a pessoa que fez isso sabia de todos os seus dados, e o senhor não devia informar a senha sem saber a origem do e-mail, e quem fez a retirada estava com a roupa da empresa. - fala o gerente.
-A culpa é minha agora. Você está dizendo que fui roubado por um dos meus funcionários?
-Ou ex senhor. - interrompe Sérgio.
Entra na sala uma moça.
-Aqui as fitas do circuito interno senhor.
Colocam a fita e adiantam para o horário das 14:37, e Raul se espanta ao ver no vídeo Pedro.
-Não pode ser. Coitado desse infeliz quando pegá-lo, vai se arrepender de ter se colocado no meu caminho.
-É o Pedro senhor.
-É aquele cretino.
-O senhor o conhece?
-Trabalhava para mim.
Raul não acreditava que iria ser roubado logo pela pessoa que ele julgava mais inútil na empresa, a sua ira tinha aumentado.
-Quero a pasta de Pedro Almeida Campos.
Alguns minutos volta a secretária com a pasta.
-Eu te subestimei rapaz. - ele fala olhando para a foto de Pedro.
Entra na sala Sérgio.
-Quem diria chefe que o mosca morta do Pedro...
-Escreve uma coisa Sérgio, eu só vou descansar quando colocar as mãos nesse rapaz e no meu jantar ter a cabeça dele servida numa travessa.
Enquato isso, na casa de Pedro e Ana, eles jantavam à luz de velas.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Retrospectiva de um ano do blog.

Janeiro: é criado o Blog com o nome O mundo de cada um( o pseudônimo que adotei para escrever), o blog nasceu devido um acidente, eu pensei que o meu blog terminou sendo deletado, pois não conseguia acessá-lo, depois vi que o problema foi na configuração.

Fevereiro: Devido ao ter percebido que o meu blog não foi deletado, terminei deixando esse as traças.

Março:Nesse mês começa a nascer a ideia de querer compartilhar o blog com outras pessoas.

Abril: Escrevo um post chamado Anuncie blog em que chamo pessoas interessadas a querer compartilhar um blog comigo, dei três opções para quem se interessassem, um de literatura, outro de informação educacional só com professores ou quem entendesse muito de uma matéria, um blog jornalístico. Terminou ganhando o blog de literatura, mas como gostei também da ideia de educação escolar no blog, elegi os dois ( esse último não existe mais -Sofistablog). O blog mudou de nome passou a se cahmar Espaço leituras, e novo endereço: deixou wwww.virgiliomiguel para www.espacoleituras. De primeira toparam o desafio Robson e João. o primeiro começou a escrever O universo de um instante, foram dez capítulos, não lineares, e mais 4 interlúdios.

Maio: O blog ganha mais um membro Israel, ele começa a escrever Condomínio Babilônia, e João escreve a sua primeira postagem Amor de mãe: um vicio adquirido. Em maio começo a postar o meu primeiro livro exclusivo para o espaço leituras o Rota 21.

Junho: ganhamos uma autora, mas que só durou três postagens dela, ela escrevia poesias, mas depois ficou um tempo sem escrever e foi deletada do blog, Nat Tigres Brancos era o pseudônimo que ela adotava.

Junho: Começo a escrever Eduardo e Mõnica.

Julho: foi o mês em que menos postegens do blog.

Agosto: A moda era gripe suíne, e o blog através de João carlos entrou na onda, informando bastante.


Setembro:E O universo de um instante marca o seu melhor resultado, 8 comentários no seu capítulo 7.

Outubro: O blog ganha o seu primeiro selo, chega o fim O universo de um instante, e chaga um novo autor para o blog, Ricardo, fazendo todo mundo se pergunta Quem matou Antônio?. Chega o fim o meu livro A mulher do desembargador, para a alegria de um leitor especial. E Robson começa a escrever Ao mundo dos sonhos. E outubro é o mês de maior atividade do blog, 14 postagens só nesse mês

Novembro: Ao mundo dos sonhos ganha o seu primeiro interlúdio, e chega ao fim Rota 21.

Dezembro: Começo a reescrever dois livros que escrevi no Uvirgilio, O mestre e A mulher do desembargador. E autores recebem férias, voltando ao trabalho no final do mês de Janeiro a pedido desse aqui que escreve.

Espero que tenham gostado de saber um pouco da história desse um ano de blog.

Perfil- João carlos Cordeiro.



Nome : João Carlos Cordeiro

O que faz : Terapeuta Floral e Massoterapeuta

Quando comecei a escrever : Desde a adolescência escrevia poesias. Depois comecei a escrever histórias infantis. Há 3 anos escrevi um livro intitulado "Dieta do Pensamento Positivo".

Quais são seus planos para o futuro com a sua literatura: Editar meus livros via editora ou via e-book para Kindle ou iPad

Em quem você se inspira para escrever ? Não tenho nenhum autor como referência. Simplesmente 'pinta' a inspiração, sento e escrevo.

Gosta de que autores ? Louise Hay, Joseph Murphy, Masaharu Taniguchi e Lauro Trevisan

Qual o livro atual que está lendo e escrevendo ? Lendo : O Poder do Subconsciente de Joseph Murphy. Escrevendo : Radiestesia - Pêndulo e Florais de Bach.

Por que está no blog ? Sinto necessidade de compartilhar meu trabalho. Uso o blog do "Somos Todos Um" também. http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigosl.asp?id=2570334

Como entrou na blogosfera ? Criei um blog no blogspot, me cadastrei no UEBA e fui convidado pelo Virgílio para participar do Espaço Leituras.


João carlos Cordeiro está no blog espaço leituras desde abril, e seu primeiro post foi: Amor de mãe: um vicio adquirido. Desde o seu primeiro post foram postagens em que ele revelava o seu lado de terapeuta floral como também suas postagens de auto-ajuda.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Perfil Virgilio Kruschewsky.


Sou Virgilio Kruschewsky, idealizador do blog. O blog veio através de um acidente, eu pensei que tinha deletado o meu blog e fiz outro com o título O mundo de cada um. Ao ver que o meu ainda existia, depois decidir dividir esse blog com outras pessoas que também escreviam. Sou professor de história, trabalho no Instituto Médico Legal de Salvador. Comecei a escrever aos 13 anos, escrevia crônicas, mas o meu primeiro livro saiu quando estudava no primeiro ano, A tua face, e hoje soma-se mais de vinte livros, mas só seis estão no blogs Uvirgilio e Espacoleituras. Sonho em me tornar escritor profissional, mais adiante pretendo me livrar da marca blogspot e criar um site mesmo, já pensei até em vender.
Recentemente estou lendo Marley e eu, e me inspiro em escritores como Fernando Sabino, Sidney Sheldon, Carlos Drumond de Andrade e Machado de Assis.
Recentemente estou com os livros O mestre, que conta a história de um jovem que fica desempregado e decidi se vingar dos eu chefe, roubando 100 mil da conta do mesmo, e A mulher do desembargador, a história de uma paixão de um jovem de 15 anos por uma mulher de 50, casada com um desembargador ( Espaço leituras). E no Uvirgilio atualmente escrevo De olhos fechados, a história de três estudantes de Direito que de advogados terminam se tronando réus.
Os temas preferidos meus é traição, abuso um pouco de narração de cenas de sexo, em A mulher desembargador é cheio disso, homossexualismo, drogas, prostituição. E a maioria dos meus protagonistas se chamam Pedro, e não crio personagens principais bonzinhos, mais um pouquinho de tudo, ou seja humanos.

Perfil Roson Meteoro.


Bem, meu nome é Robson, moro em Porto Alegre e cerca de um ano atrás o ócio me levou a tentar escrever uma novela. Já tinha escrito alguns pseudo-poemas e letras de músicas, mas nada sério. Criei então um blog chamado "A maçã Ametista", e fui escrevendo a historia a esmo, toda vez que sentava na frente do pc escrevia um pouco, sem nunca voltar ou corrigir algo na historia. Ainda que não tenha conseguido termina-la, me diverti muito escrevendo-a. Não lembro como fiquei sabendo do Espaço Leituras, mas o primeiro post que vi foi o do recrutamento de escritores. Não tinha muita confiança na minha capacidade de escrever mas gosto muito de "dar a cara a tapa" então me interessei. Bom, além de ser um dublê de escritor, sou músico e professor de matemática. Não tenho nenhum objetivo com meus textos, mas gostaria muito que o maior número possível de pessoas o lêssem e comentassem, criticando positiva ou negativamente. Escrevo o Universo de um Instante, um conto dividido em três partes, cerca de quinze interlúdios e MUITO mistério, ainda não sei se sou capaz de dar um final a altura do que consegui escrever até aqui, mas as coisas estão andando muito bem. Acho que é isso.


Roson está no Espaço leituras desde abril, quando respondeu ao questionário que deixei no blog ( eu esperava que ninguém se interessaria, pois os comentários eram decepcionantes), e duas respostas me chamaram a atenção: Você gostaria de escrever sobre o quê - "variado. (terror e romances)" - e Por que decidiu fazer parte desse blog -"Simples, adoro escrever.". A sua primeira postagem foi Universo de um instante, um livro que logo se tornou uma das postagens mais comentadas do blog.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ao Mundo dos sonhos - capítulo 8

Estranho Deja Vu

1
Juliano situava-se no porão da estranha garota que chorara e o arrastara para lá. Estava com pressa. Cada segundo latejava pesadamente em sua cabeça. Precisava saber se Suzana estava segura, sequer viva. No entanto, a extrema complexidade da situação o afundava em dúvidas, e aquela menina era a única que falara com ele.
- Como o rei sabe quando alguem está na rua? Ele não fica o tempo todo na torre do relógio? - Ele perguntou.
- O rei tem poderes fantásticos. Quando essa cidade foi construída, fizeram um grande espelho mágico embaixo dela. Esse espelho reflete os maiores sonhos de quem o vê. Quando o rei chegou, construiu sob esse grande espelho um outro espelho mais poderoso, chamado "contra-espelho".
- Um espelho sob um espelho? Por que? Que coisa sem sentido.
- Vou tentar resumir: um espelho normal reflete a luz que incide sobre ele. O que incide sobre o espelho mágico é a projeção perfeita do seu futuro criado pela imaginação do seu inconsciente. Por exemplo, no centro da cidade tem uma fonte, escavada a muito tempo. Quando olho dentro dela, o reflexo que vejo é uma criança, já que o grande sonho da minha vida é ter um filho . - Juliano afirmou com a cabeça, olhando fixamente para a menina, que continuou - Embaixo desse espelho, o rei colocou um engenhoso 'contra-espelho', um espelho mágico que reflete inversamente o que sonhamos, que são as sombras dos nossos sonhos. Quando alguém desobedece as ordens do rei, tem sua existência devastada por um vulto escuro que denominamos 'exército das sombras'.
- Então quem desobedece o rei, some. É isso?
- Exatamente.
- E tem algum lugar que não é afetado por esse exército? - Juliano perguntou
- Sim, na torre do relógio, onde vive o rei.
- Então eu vou pra lá, bater um papo com ele. De alguma maneira, essa história toda é muito familiar pra mim, mas não sei explicar. - Forçou as mãos sobre os joelhos e se levantou.
- O minuto vai trocar, então você tem que correr muito rápido. Cerca de 500 metros perto da torre não há onde se esconder, se o minuto trocar e você estiver na rua, é possível que nunca mais veja a luz do dia, pretende mesmo fazer isso?
- Com certeza. Mas não se preocupe, não morro antes de ver Suzana.
- Algo muito intenso em seus olhos me diz que você pode conseguir, mas não vou perguntar mais nada, prepare-se. Quando eu disser, você começa a correr.
- Certo - Ele se prontificou em uma posição agachada, como um corredor que dará mais do que 100% de si mesmo na próxima corrida.
- Ah - a menina interrompeu sua concentração - Mais uma coisa: enquanto estiver se dirigindo à torre, não olhe para ela, senão você não sairá do lugar, entendeu?
- Mais uma das travessuras do rei? - Ele perguntou sarcasticamente.
- Sim. Prepare-se...... - Olhou para o relógio em seu pulso, enquanto Juliano se perguntava se Suzana conseguiria chegar na torre sem saber que não deveria olhar para ela. Bem, não havia mais o que pensar, só em correr.

- Vá!

2

Suzana continuava a caminhar em direção ao relógio, sempre o encarando com a esperança que ficasse pelo menos um centímetro aparentemente mais perto, mas a torre nunca mudava. O tempo passou, e as pessoas que estavam caminhando começaram a correr para dentro das casas brancas e se esconder, muitas se aglomerando em despensas e crianças apertando-se em gavetas.
Estranhava muito tudo isso, mas não tinha o que fazer. Continuou a caminhar em direção a torre do relógio. Percebeu então que todas as pessoas que podiam vê-la a fitavam com um espanto total, como se tivessem visto um fantasma. Como não tinha uma grande preparação física, essa caminhada um cansaço e cãimbras, mas ela não cessou.
A torre não parecia estar mais perto, mas ela passou por algo inédito naquela estranha cidade: em um certo ponto no chão havia uma pedra trincada, que soltara e deixara uma fresta com uma superfície muito lisa, parecida com um espelho. Quando Suzana chegou mais perto para olhar, viu que aquela pedra parecia muito com um espelho, que refletia um pano branco que balançava levemente com o sopro do vento. Chegou a conclusão que era um vestido de noiva, e então chegou a conclusão que estava delirando.
- Um vestido de noiva, mas que diabos! - Resmungou, e então fechou os olhos, riu alto e continuou caminhando.
Não havia nada mais o que fazer, além de rir e caminhar.

3

Como uma flecha lançada por um índio afim de abater sua presa, Juliano atravessava a cidade, olhando para frente, mas nunca para cima. Se houvesse algo alto o suficiente em que pudesse bater, não conseguiria desviar a tempo, mas era um risco que tinha que correr. De fato, correr era a sua principal meta no momento.
Em um certo ponto, ouviu a gostosa risada de sua amada, daquelas que ele não ouvia a muito tempo. Olhou brevemente para o lado e viu Suzana, que sumiu em um milésimo de segundo. Pensou que já estivesse tendo alucinações daquela cidade maluca, e desviou o olhar, mas evitando olhara para a torre, virou-se para uma placa que dizia "Você está saindo de Reflexo Destrutivo, por favor, retorne a cidade ou sofra as consequências". Percebeu então, por que tudo aquilo era tão familiar. Reflexo Destrutivo era um livro, que Suzana era apaixonada e que com alguma frequência ela contava a ele as coisas fantásticas que aconteciam na história, e tudo que a garota contou a ele, ela já tinha explicado antes, em Porto Alegre.


continua...

sábado, 23 de janeiro de 2010

mosquito filho da puta
que acaba de picar meu braço
por que, dentre tantas pessoas
tenhas escolhido a mim para alimentar-se?
Paro e penso:
Como isto é mágico!
Este pequeno inseto se ver atraido por mim
e dedicado alguns segundos de sua breve existência
a me perfurar com sua tromba para sugar meu sangue
que agora alimenta seu minúsculo corpo
Que exemplo de afetividade
de conexão entre as espécies
que coisa divina!...
Sei que sempre serei só mais um merda no mundo dos humanos
mas pelo menos fui alguém importante na vida daquele mosquito