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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O Universo de um instante - capítulo 8


Vago
1

Renato rapidamente se dirigiu de volta ao bar, como Juliano pediu. No momento em que abriu a porta, dois sons duelaram pela atenção do rapaz: os sinos mais uma vez badalavam e, no balcão do bar, um ruído de vidro quebrando. Renato correu seus olhos para cena e viu Carolina ainda no ar, em um movimento charmoso, se dirigindo ao chão. Seus olhos reviravam-se para dentro da pele como se não quisessem ver onde o corpo iria parar. A garota desabou no chão, e o copo com água que bebia a acompanhou. Alice deu um pequeno grito de preocupação, e foi até onde Carolina estava junto com Renato.

- Por Deus, o que está acontecendo? - resmungou-se o pianista

2

- Suzana, como tu está te sentindo?
- Estou bem, amor. Mas... na verdade sinto como se fosse a pessoa mais inútil do planeta.
- Tu fez um ótimo trabalho. É impossível salvar todas as vidas. Eventualmente tu teria que enfrentar isso. Agora levante-se, e vamos ali dentro descançar.

Suzana não conseguia tirar o rosto do mendigo da cabeça. Seu coração batia freneticamente e a tristeza assolava seu rosto. Quando foi se levantar, um homem tropeçou nela e caiu. Suzana e Renato estavam tão distraídos que não perceberam a aproximação daquela estranha pessoa de óculos escuros e sobretudo.

- Ei, por que você não olha por onde anda?! - Esbravejou Renato.
- Ó, me perdoe. Mas não olhar o caminho é uma incumbência comum das pessoas cegas. Além do mais, o que voces estão fazendo aí no chão? - falou o homem com uma vez rouca. Deu mais um passo para a frente e tropeçou de novo, agora no corpo mendigo que, mesmo depois da morte ainda sofria com os pés das pessoas. - Mas o que diabos é isso? - Perguntou o homem, e começou a utilizar de suas mãos para decifrar o que era aquele objeto pesado e gelado. Ficou extremamente surpreso quando chegou a conclusão que era um homem.
- Por favor, não desrespeite um homem falecido. - Falou Suzana, ainda olhando para o chão. Não queria olhar para o mendigo, nem para ninguem.

O mendigo se levantou, com uma expressão extremamente séria e disse:
- Mas ele não está morto.

5 comentários:

  1. olhaa.. eu vou ler todos os capitulos=]
    bom post, mas preciso começar do começo nao
    ?
    hauahuahauh abraços

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  2. Bom, li somente esse capítulo, então peguei o bonde andando, porém gostei de como você escreve e das metáforas. Pelo menos nesse capitulo vi uma historia que gosto de ler: A que se desenvolve.

    _______
    http://blogdoignorante.blogspot.com/

    Blog do ignorante: Mais ignorante é quem não lê.

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  3. Opa, há vários "capítulos"! Acho criativo... Vai deixando um suspense. Tenho vontade de fazer isso no meu blog, mas já sei que a maioria das pessoas nem lerão. Já não escrevo assim bem bem bem, então tento deixar a parada o mais curta possível!

    Não sei se tem dado certo por aqui. Caso tenha, parabéns!!!

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  4. Para fazer sentido tenho que ler os anteriores, quando eu tiver tempo eu leio com mais calma, mas já deu pra perceber com esse post que seu estilo de escrita, é interessante, vc descreve a "cena" muito bem!

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  5. Infelizmente peguei o bonde andando, felizmente você escreve bem o que me empolgou ate o final do capitulo o que me deixa curioso pra ler o restante... acompanharei, podes crer!

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