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domingo, 18 de outubro de 2009

O Universo de Um Instante - Interlúdio V

Segunda viagem aos campos de centeio

"...De volta aos campos de centeio
Exceto por sua cama que já não está aqui
Carolina estranha a situação
Como voltara aqueles campos sem dormir?

O jardim branco de, talvez, neve
Árvores, frutos e uma neblina densa
A gramínea cultivada dourada como pele
O ar rarefeito como a inocência de uma criança

Do plano diante o topo da colina
Nuvens escuras, geiseres esverdeados
Representam a praga, a chacina
Um país mudo, nu e precário

Não obstante suas virtudes, Carolina tinha uma estranha sensação
Sentia intensamente que era lá onde deveria estar
E partiu, quando no caminho encontrou um grande portão
Sua guardiã a recebeu carinhosamente, como se já estivesse a esperar

[Carolina]
Diga-me onde estou, diga-me quem é voce
É tudo tão estranho aqui, não consigo entender
Por favor me diga a verdade
Isso tudo é sonho, ou realidade?

[Guardiã]
Não se preocupe, tudo vai ficar bem
Você está pronta para entrar no reino
Seu número será esse: dezenove
Mas cuide-se, pois todo o mal é vermelho

[Carolina]
Como dezenove?
Que reino?
Por favor explique direito
e o que significa dizer que o mal é vermelho?


[Guardiã]
Não posso dar detalhes
Minha mestra não permite
Mas resumo que há um mago pelo vale
Poderoso e cruel, transmitindo sentimentos tristes
Cuide-se bem, Carolina, sua viagem não será curta
Mas sua volta se faz necessária em outro "onde"
Pessoas preocupam-se com sua condição
Pois lá, você está sem consciência, sem proteção
Tudo que sofrer naquela realidade, se refletirá nesta
Assim como sua estadia aqui, vice-versa

O corpo da guardiã, lentamente foi se tornando translúcido
e tão logo, transparente
Como um anjo que sobe ao céu, ela se distanciava do solo úmido
e desapareceu, deixando a confusa menina sozinha novamente

[Guardiã]
Não quero vê-la machucada, e sei que serei punida
Mas procure por uma mulher chamada Sydra
Somente ela sabe o segredo para voltar à sua terra
Nos encontraremos de novo Carolina

Algum dia..."

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