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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Ao Mundo dos sonhos - capítulo 4

Corra por sua vida!

Medo pode ser uma palavra tão subjetiva quando estamos falando de crianças. A projeção nebulosa de um futuro mal sucedido que inspira calafrios à pessoas adultas não especulam preocupações em mentes infantis. Por outro lado, bruxas, fantasmas, duendes, bixo-papão e toda uma variedade de criaturas inexistentes pode levar lágrimas de choro aos rostos infantis e a necessidade de dormir, "só por essa noite" na cama dos pais.
Agora nos deparamos com um grupo de crianças e pré-adolescentes que presenciam seu pior pesadelo. Narrações simples de histórias macabras poderiam fazer com que eles molhassem as calças, mas a adrenalina não os permitiu. Fogem de um monstro muito grande, muito selvagem e, a pior parte, que eles não tiveram a oportunidade de ver como era. Se ponha no lugar deles com 12 ou 13 anos e imagine o medo que você sentiria. Imaginou?


O medo que eles sentem é bem maior.

1

Alice corria pelo corredor que aparentava nunca acabar. Franzina, sua velocidade não se igualava aos mais rápidos, no entanto deixava para trás outros mais lentos, e isso não deixava de ser um alívio. O monstro felino se aproximava inegavelmente, e ela sabia que quando ele pegasse alguem, ela não seria a primeira. Rafael, o mais rápido e que liderava o grupo, avisou os outros sobre uma conversão à direita.

- O corredor acaba aqui, vamos dobrar a direita, cuidado com o degrau. - Mas sua concentração para a corrida e falta de fôlego fizeram com que as palavras saíssem baixas. Alice foi a última a entender perfeitamente,

Cinco crianças dobraram: Rafael, Lúcia, Fernanda, Yago, Camilo. Alice conseguiu dobrar, e pulou por cima do degrau. Um garoto que vinha atrás dela, tropeçou no degrau e caiu, então o que vinha atrás desse tambem, e assim todos os outros que, não tropeçavam no degrau acabavam caindo em cima do monte de crianças no chão. Alice recuou um pouco para ajudar, mas Lúcia a puxou.

- Vamos.
- Mas eles...
- Não adianta! - disse Lúcia, e convenceu Alice.

As crianças que restaram ali choravam aos berros, clamando por suas mães e por socorro. Até que o monstro se aproximou delas. Puderam ver agora, era um leão branco muito grande, que poderiam tranquilamente alcançar três metros de altura se apoiado em duas patas. Os que fugiram ouviram que ele tinha parado, e isso era de certa forma aliviante, poderiam criar uma certa distância dele e, quem sabe, até fugir. As esperanças aumentaram. Por outra visão, não sabiam o que aconteceria com os outros estudantes. E Lúcia a partir de agora corria apertando os olhos para que as lágrimas não atrapalhassem: perderia grandes amigos de muitos anos.
O monstro cheirou o monte de crianças deitado. Nenhuma delas conseguia se desenozar e fugir, então permaneceram todas deitadas em um babel aterrorizante. O monstro rugiu mais uma vez, selvagem fazendo algumas desmaiarem. Abriu a bocarra de dentes amarelos. Não era um bocejo. Devorou os alunos sem pena.

2

- Estamos chegando - disse Rafael, aumentando as esperanças dos outros. Fernanda, que não aguentava mais correr, parou por um momento, ofegante, com as mãos apoiadas nos joelhos e braços esticados. Olhava para o chão e tentava recuperar algum folêgo.
- Fernanda, haverá tempo para descançar depois. Corra. - Disse Lúcia, se distanciando.
- Eu preciso... descançar um pouco. Alem do mais, o monstro parou... - Quando terminou a frase e olhou para trás, percebeu seu erro. O monstro de fato, parara, mas a criança não. Estava logo atrás dela. Ela não conseguia mais correr, então decidiu enfrenta-la. Tinha um certo porte avantajado para uma garota, então se dirigiu em direção ao inimigo. A criança pulou em cima dela, e ela se desvencilhou a empurrando para o chão. Ouviu daquela criatura um grito gutural rasgado, e suas pernas começaram a tremer. O bebê pulou mais uma vez em cima de Fernanda, mas agora o cansaço a vencera, não teve forças para repeli-lo. Yago e Camilo voltaram para ajudar, talvez dois rapazotes conseguissem conter a criança. O pequeno demônio mordeu forte o pescoço de Fernanda, então voltou ao chão e usou o impulso para projetar-se em cima de Camilo, aplicando-lhe uma cabeçada como uma bala de canhão. Yago aplicou um fortíssimo soco em seu rosto, mas não fora o suficiente nem para atordoa-lo. Agora haviam mais três vítimas no segundo corredor daquela corrida diabólica. Só três restavam, e estavam chegando. De longe, infelizmente, puderam ouvir: os trotes recomeçaram.

continua...

2 comentários:

  1. ps: a primeira parte de universo de um instante ta aqui:

    http://rapidshare.com/files/296056268/O_Univeso_de_um_Instante.pdf.html

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