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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O plano


O ano era de 1985. E quando o general Augusto Gimenez não esperava mais problemas além dos que enfrentava em seu âmbito político, chegava a notícia da gravidez de sua filha Carmen. Para o militar ela seria sempre sua garotinha, e por mais que a moça já passasse dos 22 anos, sempre fora tratada como uma criança. Uma criança mimada, que sempre abusava da boa vontade do pai para obter de tudo o que quisesse, não vendo limite para seus anseios. E para isso, Carmen sempre se mostrava a mais inocente e delicada filha que um pai poderia ter. Porém não fazia questão de esconder seu verdadeiro lado quando ele não estivesse presente.
Os empregados da casa a odiavam. Eram constantes as humilhações das mais diversas. Carmen sentia-se como uma princesa em seu castelo, guilhotinando diariamente seus vassalos para seu próprio divertimento. E seu pai era o próprio rei, que não possuía outra função senão a de ostentar a coroa até que chegasse sua vez de assumir o império. Mas os dias de realeza estavam prestes a acabar quando o general Augusto resolveu encaminhar sua santinha para um colégio interno de freiras.
Pela primeira vez Carmen despertou de seu mundo fantástico. Sua ira era tamanha que saiu perambulando pelas ruas esbravejando o ódio por seu pai. E numa desesperada tentativa vingativa, resolveu se envolver com o primeiro garoto idiota que aparecesse em seu caminho, apenas para provocar o general. E eis que Deus, Destino, Jeová, Pokemón, ou qualquer outro Ser mítico-sacana que se acredita governar nossas vidas atendeu literalmente aos pensamentos de Carmen, que naquele exato instante esbarrou em Leonardo.
Tão óbvio quanto Leonardo se encantar pela inocente e delicada filha de Augusto era o general manter com ainda mais firmeza a decisão de enviar Carmen a um convento. E a moça, que herdara os genes autoritários do pai, tinha ainda mais anseio em continuar com sua peculiar retaliação. E percebendo que Augusto não cederia a suas investidas, Carmen compreendeu que haveria apenas um motivo que a libertaria do monastério. Quando o general Augusto Gimenez não esperava mais problemas além dos que enfrentava em seu âmbito político, chegava a notícia da gravidez de sua filha Carmen.
Assim que descobriu, o militar exigiu que Leonardo se casasse com sua inocente menina. Na verdade, pensou em mandar matar o rapaz, mas não seria bom ver a filha criar sua neta sozinha. Marina, a filha do casal, chegou ao final daquele ano. Leonardo irradiava alegria e orgulho. Já Carmen não dividia o mesmo sentimento.
Porém o que aparentava enfim ser a solução de seus problemas apresentava-se como o início de outros piores. A nova família fora expulsa da casa do general Augusto. Para ele a confiança em Carmen, que naquele estágio já nem era mais considerada sua filha, fora definitivamente perdida, acabando com as mordomias com as quais a mulher contava. Além disso, o general dividia seu desprezo com seu genro. Apenas sua neta Marina escapava de sua aversão, pois acreditava que a menina não tinha culpa em nada.
A vingança é um prato que se come frio, e Carmen sabia exatamente o significado deste provérbio. Arquitetara meticulosamente o plano que resolveria sua vida para sempre. A princesa estava decidida a seqüestrar e torturar o rei. E para isso contava com o auxílio de seu primo Daniel, policial militar, o carrasco responsável por colocar a idéia em prática, e Leonardo, o bobo da corte que levaria a culpa pelo atentado. Evidentemente o marido de Carmen não fora informado do desfecho da ação, participando por imposição de sua esposa.
Na noite combinada, o grupo invadiu a casa do general enquanto ele dormia. Daniel desferiu uma pancada na cabeça do senhor com um cacetete. O desfalecido corpo do senhor foi movido até o porta-malas de um carro e levado até o local de seu cativeiro. Leonardo estava aflito. Sabia que aquilo não acabaria bem...


Carmen está disposta a coisas muito piores para conseguir colocar a mão na herança de seu sogro. Descubra do que ela é capaz de fazer em http://quemmatouantonio.blogspot.com/

3 comentários:

  1. Bom texto bem escrito e criativo mas acho que poderia ser feito em partes

    http://midiasocialbrasil.blogspot.com

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  2. Querido amigo avassalador... sabe que me lembrou do caso da suzene alguma coisa que matou os pais a marretadas fz uns anos em são paulo com a ajuda do namorado e do cunhado...Bem.
    De modo geral a historia é boa, mas quem é antonio? pensei que o nome do general era augusto?

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