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domingo, 13 de setembro de 2009

Rota 21- capítulo 6.

Salvador- 11 de fevereiro; 11h15min.



Paula está na Contorno, chega um senhor e dá dinheiro a ela e ela entrega o pacote, o senhor se retira, ela se vira e olha o mar.
Aparecia tudo que é tipo de gente; branco, preto, amarelo, gordo, magro, homem, mulher ou coisa parecida, criança, jovem, adulto, velho. Por último aparece Pierre no carro e ela entra.
Vão depois a um shopping, os dois de óculos escuros, com várias sacolas carregando.
Depois vão para a Estação Mussurunga, ela compra uma bala de um vendedor ambulante.
-Vamos pra onde agora?
-Pra um hotel.
-Não devíamos ter gastado. Vão notar.
-Que se danem.
Estão numa fila.
No hotel, ela deitada na cama, ele sentado.
-O que foi?
-Ele pediu para que eu a matasse.
Ela senta, ele vira-se para ela.
-Por que não fez isso?
-Eu sei se eu matá-la o próximo sou eu.
Estão no carro na frente há uma blitz.
-Merda.
-O que foi?
-Uma blitz.
-Droga, o porta-malas está lotado de cocaína. O que vai fazer?
O carro sobe o passeio e pega outra pista, os policiais verem e atiram contra o carro, que acelera e está numa pista em contramão.
As viaturas estão os seguindo.O carro desce uma ribanceira e continua andando em outra pista.
Yasmim olha Paloma que está abatida, não dorme há dias.
-Não agüento mais.
-Tenha fé, vamos sair dessa.
-Não.
Yasmim se levanta, vai falar com outra menina.Paloma olha as outras, se levanta, vai até a janela, eram três andares e se joga.
Yasmim ver.
-Não!
As meninas vão à janela, Carolina vai também ver o que ocorreu.
-Droga. Saiam da janela.
O corpo estava lá entre o passeio e o asfalto e uma poça de sangue embaixo e vários curiosos em volta do corpo.
No dia seguinte, recebem a intimação e nos jornais informam a morte misteriosa de uma modelo brasileira.
-Droga.
-O que vamos fazer?
-Depor, fazer o quê?
-O que vamos falar.
-dizemos que iríamos demiti-la, ela soube, como antes ela já estava desempregada há um ano, ela deve ter ficado apavorada e se jogou.
-Será que vão acreditar?
-Não sei, eu já pedi um advogado para César para nós.
Carolina saiu e ao voltar em frente a sua casa havia vários jornalistas, tirando fotos dela. Ela entra correndo em casa, tira o capote.
-Maldita filha da puta.
Na delegacia, Carolina está sentada num sofá e ver pelo vidro o seu marido ser interrogado, chega mais um preso na delegacia.
Ela olha o relógio na parede. Se levanta e pega água no bebedouro, volta a lembrar tudo o que ela tem que dizer.
Joga o copo no lixo e senta-se e sai o marido, ela é chamada e passa pelo marido, ela o olha e entra.
Pérola foge de casa e vai morar com o Pereba na favela, deixa de freqüentar a escola.
Ela passa o dedo no móvel, está imundo, limpa os dedos na roupa e vai para a porta para observar os vizinhos.Uma mãe jovem, mas aparentemente acabada xinga e dá palmadas no filho, para que ele entre, garotos da idade dela descem o morro armados, pessoas arrumas com a Bíblia debaixo do braço andam apavoradas.
Ela fecha a porta, senta no sofá já velho e chega Pereba em casa.
-O almoço está pronto?
-Eu não sei cozinhar.
-Estou com fome.
-Eu nunca me interessei em aprender a cozinhar. Estou com saudades dos meus amigos.
Mas se tu aparecer lá os seus pais vão saber.
-Pedimos pizza.
-Delivery?Acha que ta no Leblon garota! – Ele se retira batendo a porta.
Ela corre e abre aporta.
-Eu também estou com fome... Pereba.
Ela senta, pela primeira vez sentiu saudade da mãe.
Batem na porta da casa de Rafael, ele abre a porta. Vê um senhor de cabelos grisalhos, alto.
-Quem é o senhor?
-Sou policial. -mostra distintivo.
Ele entra, aparece a esposa na sala.
-Roberta saia da casa, por favor.
Ela olha o homem e se retira.
-O que quer?
-Eu sei que o senhor está envolvido de novo com o tráfico.
-Não sei o que o senhor está falando. Eu fui traficante, hoje eu sigo a Deus.
-Eu quero prender Sérgio de Melo Trindade e eu só posso com a sua ajuda.
-Acha que sou idiota?Saia da minha casa. Anda.
-Quanto ele te ofereceu?
-Eu não conheço esse homem. – Abre a porta.
-Aqui o meu telefone se mudar de idéia. –Entrega e se retira.
Rafael fecha a porta e lê o cartão Aristóteles Casassanto.
Renato está no clube, sai da piscina, Bárbara, a filha de Sérgio, o olha.
Ele vai tomar banho de sol, ela se aproxima.
-Oi.
-Oi. Te conheço?
-Sou a filha do seu patrão, Bárbara.
-Renato. –Se dão as mãos.
No mesmo dia, no vestiário, deitados num bando, nus, estavam transando com os corpos suados e ofegantes.
Renato está na frente de um condomínio, entra e entra num prédio, sobe as escadas e arromba uma porta.
Depois entra no condomínio Bárbara, enquanto ele troca o porta-retrato do dono para o dele e arruma a mesa.
Bárbara toca a campainha, abre a porta Renato. Ela entra.
-O meu canto está longe de ser sua mansão.
-É arrumadinho. – Ela vê o jantar a luz de velas. –Que bonito! – O beija.
-Você é linda, minha vida.Te amo. –Acariciando o rosto dela.
A beija, tira a camisa e a leva para o quarto.
Renato no dia seguinte para o carro na frente da faculdade de Bárbara. Ela desce as escadas com as amigas e se despedi delas e se aproxima de Renato.
-Oi amor.
-Eu vou viajar.
-Pra onde?
-Milão. Vem comigo.
Branca chega em casa e ver a filha arrumando as malas.
-Vai viajar filha?
-Vou pra Paris com umas amigas.
-Vê se me traz uma lembrancinha de Paris, aquela cidade maravilhosa. Não vai esperar o seu pai?
-Não, minhas amigas já estão me esperando.
Ela chega ao aeroporto e vai até Renato.
-Como vou ter a certeza que vou te encontrar lá?
-Você se hospeda no hotel que eu disse que te encontro lá. Confia em mim. –A beija.
Depois ele foi ao porto e o navio partiu com a carga.
Ele liga para Sérgio.
Sérgio está no quarto com camisa desabotoada e a esposa na cama passando um creme pelo corpo. Ele pega o celular e ver o número de Renato.
-Fale.
-Estou com a sua filha, se algo acontecer comigo, ela morre. –Desliga.
-Quem era?
-Não é nada. Bárbara está aonde?
-Ela viajou com umas amigas para Paris.
O carro em que está Maria Clara entra numa favela. Chega numa casa, entram, ela senta no sofá, enquanto Roliço paga aos fornecedores.
Ela observa a casa, se levanta, vai à varanda da casa e ver um corpo caído no chão.
-Não... Ah! –Ela esbarra em Roliço.
-Vamos. –Ela olha para os traficantes.
Saem da casa ela vai entrar no carro.
Você vai com eles. Eles vão te deixar no aeroporto.
-Mas?
Ele parte, ela entra no outro carro. O carro parte, ela nota que o carro está se afastando da cidade, o caminho é só mato.
-Eu quero descer.
O carro pára , a tiram do carro.
-Me soltem. Não... Não façam isso.
Rasgam a roupa dela, um beija o pescoço dela.
-Por favor. –ela chorando – Me deixe ir.
-Ela tenta se desvencilhar, cai no chão, um abaixa o eclé da calça.
-Me ajudem pelo amor de Deus. Socorro – ela chorando e gritando.
Ela já está nua.
-Não.
O homem começa a penetrá-la, ela bate inutilmente nele com as mãos.Ela é violentada por três homens.
-Não. – o último tira uma tesoura e passa no pescoço dela, espirrando sangue no rosto dele.
Numa pista jogam o corpo que é atropelado. No dia seguinte ela realiza o seu sonho, mas não foi capa de revista, mas de todos os jornais do mundo.
Robson marcou com Sérgio para soltar Priscila.
-Não atrasou nem um minuto.
-Solte-a.
Ela está chorando.
-Foge Robson.
-Não entendo o seu gosto rapaz. Vai solte-a.
O homem a larga, ela vai em direção a Robson. Sérgio tira uma arma e atira na cabeça de Priscila.
-Não!
Ela cai no chão, ele corre em direção a ela.
-Amor. – chorando. –Maldito.
Sérgio mira para ele, Robson atira na mão dele e sai correndo, o segurança atira.
-Vai atrás dele.
O segurança corre.
-Maldito.
Robson corre, pára num beco e pula um muro. Esconde-se debaixo de uma escada.
Ele vê o segurança que pára olhando para todos os lados e corre para o outro lado.
Ele sai.
No morro a polícia invade e começa a haver uma troca de tiros.
Rafael estava negociando com um traficante.
-O que é isso? – pergunta Rafael.
-Sujou a polícia invadiu.
-Toma. – o traficante entrega uma arma a Rafael.
-Curinga também está no morro.
-Viado, quer tomar a minha boca.
Entre os policiais está Pedro Archanjo, ele é forte, tem uns quarenta e poucos anos, cabelos castanho.
Pérola escuta os tiros, se assusta.
-Pereba.
Ela sai da casa.
Desce, vê Pereba.
-Pereba!
Ela recebe um tiro no peito, ela ver o sangue, cai deixando a marca na parede.
Pereba foge, mas não vai muito longe, recebe um tiro nas costas.
-É um menino. – Rafael.
Ele está deitado no chão.
Rafael se aproxima do corpo, vira, era o seu filho, Djalma.
-Filho. Socorro!
Tiros, gritos, arrombamentos de casas e um choro de um pai.
Pedro Archanjo invade uma casa, e pega o traficante.
-Não me matem.
O jogam num paredão, os policiais miram e atiram várias vezes, deixam o corpo largado lá.
Acabam os tiros, Pedro Archanjo se aproxima do corpo da jovem.
-Como ela veio parar aqui.
No hospital, Djalma deitado na maca, a mãe chorando sentada na cadeira e Rafael perto do leito.
-Como ele foi se envolver com isso meu Deus? – A mãe..
Djalma se mexe.
-Filho.
-Pai... Mãe. Eu não morri.
-Não filho.
-Eu não sinto minhas pernas por quê?
O pai começa a chorar.
-Fala pai. –ele chorando com medo da resposta.
--Você está paralítico filho.
-Não... Não.
-Acalme-se filho.
Ele abraça o filho.
Pedro Archanjo dá à notícia a mãe de Pérola que se descontrola. Ele ouviu dela, que ela era uma boa filha. Ele se perguntou quantos atos de bondade faz um homem bom. Ela era viciada, fugiu de casa, mas mesmo assim a mãe a considerava boa.
Ele olha a foto que ele tirou com o falecido colega de trabalho. Que morreu numa emboscada.
Ele a partir daquele dia ao ver o colega morto decidiu eliminar todos os traficantes que capturasse.
Não casou, não teve filhos, não tem irmãos, os pais já são falecidos. Ele era um homem sozinho, sua única companhia era o seu cachorro.
-Aqui o dinheiro. – ele entrega o dinheiro a prostituta.
Ele veste o roupão e abre a porta e ela se retira.
-Tá com fome rapaz? – ele faz carinho no cachorro – Vem.
Coloca aração na tigela, depois voltou para o trabalho.
Ele chega ao trabalho e encontra o colega Aristóteles e abre o zíper e ver o corpo de Maria Clara.
-Que bom que a deixaram com os documentos. – fala Pedro Archanjo.
-Ela foi estuprada antes de morrer a coitada.
-Ela participou do tráfico, não esqueça.
-Era uma coitada Archanjo, mais uma coitada como muitos. –Tirou a foto.
-Foi difícil a Embaixada brasileira traze-la de volta ao país. Como explicar uma jovem brasileira ser encontrada morta no paraíso das drogas.
-Ela vai ser enterrada aonde?
-Num interior de São Paulo, ela morava lá com os pais.
Pedro Archanjo compareceu no velório de Pérola.
A mãe estava abraçada ao caixão, o pai chorando sendo consolado pela sua atual esposa.
Nenhum pai se conforma em ver um filho morrer tão jovem, com tanta vida pela frente.
Chegam os amigos de Pérola, Tuca, Fabrício e Regininha.
-O que vocês estão fazendo aqui? Mataram a minha filha! Assassinos! Saiam!
Eles se retiram.
-Minha filha.
O ex-marido a abraça.
-Onde erramos?Minha menina, quero de volta a minha menina.
Pedro Archanjo ao ver tudo isso pensou quantas vidas se perderão para dar um fim nisso. Quantas crianças morreram?Quantos pais sofreram?Na verdade os jovens que trabalham com droga sã os verdadeiros culpados? Ou o governo por não dá trabalho, educação, vida digna a esses jovens é o maior culpado?
Aristóteles chega ao restaurante e senta-se a mesa onde já está Rafael.
-O que quer falar comigo?
-Eu decidir contar tudo que sei.
-Como assim?
-Eu trabalho para Sérgio de Melo Trindade num esquema de tráfico de drogas.
-Está disposto a contar isso em depoimento?
-Sim.
Rafael bebe água e começa a falar.

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