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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Rota 21-capítulo 4.

Havana, Cuba; 08 de fevereiro – 8h 10 min.

Rafael e Robson chegam através do aeroplano num local bem longe do centro, aterrisam e vão num desmanche mostram o endereço e pergunta a alguém se sabe onde é o local.
Rafael volta.
-Ele disse aonde é?
-É só seguirmos direto.
Chegam a uma plantação de maconha disfarçada numa plantação de feijão e ver uma casa.
-Deve ser ali.
Aparece um pit bul rosnando para eles, logo depois um homem com uma cicatriz horrível no rosto, manda o cachorro para dentro de casa, este obedece, e como prêmio recebe carinho do dono, nem parece o mesmo cachorro que mostrou os dentes para eles de tão manso que estava.
Depois são convidados para entrar e aparece um senhor aloirado que estava na casa e que não era cubano.
-Vi que o senhor tem uma plantação de maconha, vinhemos oferecê-lo cocaína, vai ganhar muito mais do que ganha vendendo maconha. -Rafael
-Não sei.
O inglês vira para o homem com cicatriz e explica ao homem de cicatriz o que os moços vinheram fazer ali em inglês.
-Brasilhenos? –o homem de cicatriz pergunta.
-Sim.-responde Rafael.
O de cicatriz encurrala Robson numa parede e começa o revistar.
-Pêra ê!
-Não são tiras não?
-Se fossemos tiras teríamos 5 quilos de cocaína em nossa mão por acaso? –Rafael coloca os pacotes na mesa.
O inglês abre um dos pacotes com uma faca e cheira o material.
-É da boa garanto.
O de cicatriz solta Robson e o inglês abre uma gaveta e entrega dinheiro nas mãos de Rafael.
-Só tenho 500 pratas. Tá fechado?
-Certo, vamos Robson, prazer conhecê-los e se retiram.
-Estranhos não?
-Quero sair logo daqui.
Depois foram para o centro, comprar algumas coisas, Rafael comprou uma boneca para a filha. Havana era uma cidade parada no tempo, apesar de ser a capital, os carros eram já velhos, por todo lado se via soldados do exército, como uma boa ditadura deve ser.
-Você tem uma Bíblia em sua mala. É religioso?
-É, sou.E você como veio parar nisso aqui?
-Sou viciado em cocaína, parei na cadeia por matar meu irmão, você não acreditaria se eu dissesse que foi acidente.
-Por que não?
-Nem meus pais acreditam.
-Você ainda é jovem, dá ainda para sair dessa vida.Eu fui traficante de heroína nos fins da década de 80, era um dos mais procurados do Rio de Janeiro, era conhecido como Aranha Negra.era famoso, muita gente comprava da minha mão.Dei até entrevista na televisão.Não vou dizer que não tive oportunidade, eu tive, eu era aluno de uma ONG de um padre bem velinho.Sabia que tinha perdido muitos amigos para o narcotráfico, a maioria já estão mortos.Mas para todos os lados eu via aquela vida, eu só conhecia aquela, era meninote, me fascinei pelo perigo, quando vi já era dono de uma boca de fumo.
Carolina acorda uma das meninas e a leva para uma sala, todas acordam assustadas.Depois de cinco meninas é a vez de Ângela, ela é levada pelo braço por Carolina até a sala.
-Deite na mesa.
-A mesa era de cerâmica, Ângela tira a parte de cima da roupa, está chorando e tremendo, ela deita na mesa, André Luís está com luvas nas mãos, uma toca e a máscara.
Aplica a anestesia.
-A anestesia vai durar pouco, por isso se sentir dor morda esse pano.
-Na sala.
-Você é modelo mesmo?
-Sou, fiquei desempregada durante um ano, aí apareceu a oportunidade da agência. – ela chorando - Qual é o seu nome?
-Yasmim.
-Paloma. – se dão as mãos.
Carolina sai da sala.
-Vem comigo. – chama Sílvia – Vem porra!
Elas saem do prédio e vão até um mercado.
-O que está havendo?
-Cale a boca e me ajuda a pegar as coisas.
-Tesoura. – pega a tesoura.
-Ali a linha de costura.
Voltam e Sílvia volta a ficar com as meninas.
-O que está acontecendo? Minha amiga está na sala? – yasmim chorando.
-Acalme-se querida. – Paloma a abraça.
Na sala.
-O sangue não estanca. – as luvas já estão vermelhas de sangue, ele está suando e tremendo e está fumando um cigarro.
Ângela está chorando e mordendo o pano com força.
-Ah! Eu não quero morrer... Por favor.
As meninas escutam.
-Eu quero ir ver como está minha amiga. – as outras meninas seguram Yasmim, que está descontrolada.
Na sala, Ângela morre, mas conseguem tirar a cocaína.
-Ela teve uma infecção. –André senta numa cadeira – Eu nunca perdi um paciente –chorando.
Entra Paulo.
-Temos que nos livrar do corpo, Carolina limpe o local que o trabalho continua, vem comigo.
Carolina sai da sala e ver as meninas, Yasmim está chorando, ela vai até Ângela, ela se ajoelha diante do corpo chorando.
Paulo e André Luís a noite levam o corpo e o jogam num lixão e colocam lixo por cima do corpo para esconde-lo.
Paula e Pierre estão na Lapa, já é de noite, vêm garotos e pegam droga na mão de Pierre para vender pelas ruas, prostitutas e clientes compram das mãos dos meninos, passa um travesti na frente deles e mais um menino pega a droga na mão de Pierre.
-Eu fico triste quando vejo o que uma pessoa é capaz de fazer para sobreviver. São crianças.
-Eles não vendem droga para sustentar a família, vendem para comprar droga com o dinheiro que ganham. E não fique triste, pense no dinheiro que vamos ganhar.
Depois vão para o litoral de Santos, estão num iate cheio de jovens, bebida e droga.
Paula joga a cocaína numa mesa e vários jovens vão cheirar.
-Como esses jovens torram dinheiro fácil.
-Se torram na nossa mão, é melhor ainda. – Pierre mostra as notas a Paula.
Antes de saírem cada um compra um pacote. Pierre recebe o dinheiro e Paula dá o pacote.
Pérola e os amigos foram até o morro atrás de Pereba.
-Eu estou com o estoque vazio, mas conheço o dono da boca.
Vão até a boca e desce o traficante, um homem careca, branco, cheio de tatuagens pelo corpo, bem magro, está sem camisa, tem duas armas tatuadas no peito.
-Então esses aí são os branquinhos.
-Estamos com R$ 150,00. – fala Tuca.
Aqui. – Ele fumando – E esse outro pacote é presente meu, ver se não acabam tudo essa noite.
-Vamos dividir. – fala Fabrício.
-_Eu tenho direito a mais porque dei mais dinheiro. – Regininha.
-Gastei toda a minha mesada. – Pérola diz.
-Agora vamos ao baile funk. – propõe Pereba.
Vão ao baile, há muitas pessoas.
-Caraca. –Fabrício rir.
-Uma gordona se requebra toda, Pérola e Regininha coladas rebolam descendo até o chão. Tuca com uma lata de cerveja na mão, a leva a boca.
-Aprenda com o profissional. –Fala Fabrício dançando.
Um homem coloca a mão na cintura de Pérola e o homem se retira.
-Isso é o máximo! – grita Regininha.
Pérola e Pereba se afastam.
-Não sei nem como agradecer. Aliás, sei. – o beija.
Depois entram num carro e de fora do carro dá para ver Pérola tirando a blusa.

Um comentário:

  1. A história está muito bem construída, parabéns! Gostei do modo como vc descreve os personagens durante o desenvolver da história.

    Abraço,

    http://cafecomnoticias.blogspot.com

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